O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, reuniu-se na quinta-feira com representantes da Argélia e da Palestina em encontros paralelos à reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), na sede da instituição, em Nova Iorque. O principal tema destes encontros bilaterais foi o reconhecimento da Palestina como membro pleno das Nações Unidas, o que foi vetado pelos EUA em uma votação com 15 países. Houve 12 aprovações pela proposta e duas abstenções.
De acordo com informações divulgadas pelo Itamaraty em seu perfil na rede social X, Vieira se encontrou com o ministro das Relações Exteriores e da Comunidade Nacional no Exterior da Argélia, Ahmed Attaf. A Argélia, informou o Itamaraty, apresentou o projeto de resolução na ONU (em favor da admissão da Palestina). Os chanceleres discutiram também a crise humanitária na Faixa de Gaza e concordaram que é necessário que cessem as hostilidades na região. O ministro brasileiro também se reuniu com o representante especial palestino Ziad Abu Amro, com quem também tratou do apoio à entrada palestina como membro permanente da ONU.
Em 2011, a Palestina foi admitida como membro observador da ONU. No começo deste mês, a Palestina pediu ao secretário-geral da ONU, António Guterres, a admissão como membro pleno. Guterres, por sua vez, encaminhou o pedido para o Conselho de Segurança (CS). Tanto em 2011 como agora, a Palestina teve o Brasil como apoiador da sua entrada no órgão multilateral.
O Conselho de Segurança é composto por 15 países: 10 têm mandato de dois anos e cinco são membros permanentes e com poder de veto sobre as decisões. São eles: Rússia, China, França, Grã-Bretanha e EUA, ao qual coube a decisão de vetar a entrada palestina. Entre estes, ainda, o Reino Unido se absteve de votar, e Rússia, China e França votaram pela admissão. Dos dez integrantes rotativos Argélia, Coreia do Sul, Eslovênia, Serra Leoa, Moçambique, Malta, Japão, Guiana e Equador votaram a favor da admissão. A Suíça se absteve. Mesmo, portanto, com a maioria dos integrantes do CS optando pela admissão da Palestina, o poder de veto permitiu que ela não fosse aceita como membro pleno da ONU.
Agência de Notícias Brasil-Árabe
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