Mauro Vieira reúne-se com comissão para falar sobre guerra na Faixa de Gaza

Objetivo é compreender a posição da diplomacia brasileira e coletar informações sobre a repatriação de brasileiros

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Mauro Vieira (Foto: Rafa Neddermeyer/ABr)
Mauro Vieira (Foto: Rafa Neddermeyer/ABr)

Os integrantes da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados vão debater amanhã com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, a posição do governo brasileiro diante da guerra entre Israel e o grupo Hamas, deflagrada após ataques praticados contra Israel no último dia 7.


O objetivo é compreender a posição da diplomacia brasileira e coletar informações sobre a repatriação de brasileiros. A CRE é presidida pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL).
O senador Humberto Costa (PT-PE) destacou o empenho do governo brasileiro em salvar o maior número de vítimas no conflito.
“Os ataques perpetrados pelo Hamas sobre o território israelense, em que centenas de inocentes foram assassinados e outros, sequestrados, são atos abomináveis, inaceitáveis e que devem ser firmemente condenados. Esse ataque, inclusive, dá ao Estado de Israel o direito de defesa, mas a forma da guerra que Israel vem desenhando contra os palestinos é desumana e, segundo especialistas, beira o próprio genocídio”, lamentou.


Segundo o senador, o presidente Lula recebeu o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, para instruí-lo sobre o posicionamento do país, já que o Brasil estará presidindo o Conselho de Segurança da ONU durante o mês de outubro. Ele ressaltou que o Brasil defende a criação de uma proposta de resolução sobre a criação de um corredor humanitário na Faixa de Gaza, cuja aprovação possibilitaria um cessar-fogo imediato para a retirada de estrangeiros, mulheres, idosos e crianças da região e o envio de ajuda humanitária.

Além disso, Humberto Costa mencionou a importância de se combater a desinformação e as fake news que circulam sobre o tema. Ele também enfatizou o compromisso histórico da diplomacia brasileira em defesa do direito de autodeterminação dos povos e da convivência pacífica entre judeus e palestinos.
“A estupidez, a ignorância e a falta de caráter que movem essa máquina criminosa não dão trégua nem em um momento dramático como esse. A posição histórica da diplomacia brasileira de muitos e muitos anos, passando por vários governos, é a da defesa do direito de autodeterminação dos povos, garantindo soberania, autonomia e condições de desenvolvimento com uma economia viável”, afirmou.

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Também o ex-vice-presidente a atualmente senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) lamentou, em pronunciamento no Plenário, o conflito e destacou que o Hamas, que busca ser reconhecido como a única opção para destruir Israel, junto com outras organizações terroristas, representa um perigo para o mundo.
“Uma nova fronteira da barbárie está prestes a ser rompida e não importa a distância geográfica e geopolítica que pensamos haver, isso vai nos atingir. É uma guerra total que rompe os limites colocados pela civilização à guerra. Distintamente dos nazistas, que esconderam o Holocausto, e dos russos, que mal escondem seus crimes de guerra na Ucrânia, os terroristas do Hamas e seus associados comemoram publicamente o massacre de inocentes, apoiados por uma perversa rede de divulgação e opinião”, disse.
Mourão pediu que o Brasil adote uma postura de “responsabilidade e compromisso” com a paz e alertou que é necessário “superar ideologias” para compreender a complexidade do conflito atual.
“Há bolsões de insanidade, a começar pela extrema esquerda que se recusa a enxergar os crimes contra a humanidade cometidos em Israel e que podem atingir a todos nós. Estamos em um daqueles momentos em que não há meio termo: ou se condena, ou se acumplicia. Não foi à toa que os governos da França e da Alemanha proibiram e reprimiram manifestações públicas de apoio aos atos terroristas do Hamas”, enfatizou.

Com informações da Agência Senado e da Agência Câmara de Notícias

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