O Banco Central da Líbia está fazendo esforços para facilitar o acesso ao câmbio no país e aliviar a escassez da moeda local, de acordo com informações de análise do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre a economia líbia. O fundo divulgou nota após sua equipe, liderada por Dmitry Gershenson, visitar Túnis, na Tunísia, de 2 a 6 de dezembro, para discutir os últimos fatos econômicos da Líbia.
No material, o FMI destaca que o Banco Central da Líbia reduziu o imposto sobre o câmbio de 27% para 15%, aumentou os limites de crédito e subsídios para pessoas físicas e tomou medidas para regular as atividades das operadoras de câmbio. Com as iniciativas, a diferença entre as taxas de câmbio oficiais (mais impostos) e paralelas diminuiu de 13% em julho para 8% no último mês de novembro.
O Banco Central da Líbia também combate a escassez de moeda do país por meio da injeção de liquidez no sistema bancário e da expansão dos serviços de pagamento eletrônico. Além disso, o setor bancário vem levantando capital de acordo com as diretrizes da instituição financeira. O FMI informa que sua equipe discutiu com as autoridades a importância de desenvolver ferramentas de política monetária que ajudam o banco central a garantir o funcionamento eficiente do mercado de câmbio.
Segundo o FMI, após a interrupção na produção de petróleo em agosto e setembro, o crescimento projetado do Produto Interno Bruto em 2024 foi revisado para baixo. Já previsão de crescimento do PIB para 2025 foi revista para cima, refletindo a recuperação esperada na produção de petróleo. As estimativas, porém, estão sujeitas a riscos por tensões geopolíticas e possíveis mudanças no cenário do petróleo.
A análise do FMI aponta como caminho para a economia o controle dos gastos e diz que ela é consistente com a atual estrutura macroeconômica da Líbia. A instituição afirma que é fundamental que as autoridades líbias concordem com as prioridades de gastos por meio de um orçamento unificado aprovado para 2025. O orçamento deve, entre outros benefícios, ajudar a melhorar a gestão dos recursos no país.
Agência de Notícias Brasil-Árabe
Leia também:
Déficit orçamentário de US$ 21 trilhões aguarda Trump
Na próxima década, déficit orçamentário e dívida pública dos EUA terão valores explosivos, desafiando Trump.
O novo governo Trump e a China
Segundo Roberto Dumas Damas, o Brasil pode tirar proveito da muito provável guerra comercial entre Estados Unidos e China, mas para isso seria necessário estar equidistante dos dois países.
Brics anuncia nove países parceiros
Anúncio foi feito pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
FMI projeta aumento de 5% para economia argentina em 2025
Inflação no país foi de 117,8% na comparação anual em 2024, mostrando uma desaceleração em relação a 2023, quando registrou 211,4%.
Em telefonema, Xi e Trump prometem trabalhar juntos
Conversa aconteceu a pedido do presidente eleito dos EUA; Xi e Trump esperam poder se encontrar em breve.
Recuperação do mercado de trabalho perde força no mundo, segundo OIT
Taxa de participação na força de trabalho diminuiu, especialmente entre os jovens; déficit global de emprego sobe para 402 milhões
