Cerca de 70% dos cariocas não consideram violento o bairro onde moram, segundo a pesquisa “Violência e segurança no Rio de Janeiro: breves considerações sobre o medo”, do Databrasil (Universidade Candido Mendes), coordenada por David Morais. Segundo o professor, a sensação de medo aumenta à medida que o cidadão se afasta do seu próprio bairro, “seu território”. A pesquisa mostra que os que mais temem e mais sofrem com a violência são homens, não favelados, com nível de instrução elevado. O medo é maior na faixa de 30 a 39 anos, mas a maioria das vítimas tem entre 40 e 49 anos. Apesar da insegurança, a maioria dos cariocas não tem arma em casa e, entre os que pensam em se mudar do bairro onde moram – 67% dos não favelados e 53% dos favelados -, a cidade continua sendo ótima para morar. Os que pretendem aumentar a qualidade de vida sonham com a Barra da Tijuca. Copacabana e Tijuca foram escolhidos os bairros mais violentos e Campo Grande e Urca os mais tranquilos.
Preconceito
Ainda segundo o estudo de David Morais, os mais pobres são os que mais temem o aumento da violência – não necessariamente vinda de assaltantes. O preconceito transforma o pobre em “principal suspeito”. As estatísticas justificam o medo: no Brasil 95% dos presos estão entre as classes menos abastadas da população e 75% não possuem o primeiro grau completo. No Rio, 77% não têm instrução básica, 70% são pretos ou pardos e nada menos que 96% trabalhavam antes da prisão.
Responsabilidade
O estudo não poupa os meios de comunicação. Segundo David Morais, 64% dos entrevistados creditam aos órgãos de imprensa responsabilidade na onda de violência.
Gestão
Começa nesta segunda-feira a II Feira de Informática da Faculdade de Administração e Ciências Contábeis da UFRJ. Destinada a administradores, analistas financeiros, auditores, contadores, economistas e estudantes dessas áreas, a feira mostrará instrumentos de apoio à gestão, administração e controle das empresas. Serão exibidos softwares de última geração para apoio à decisão, análise de mercado de capitais, controle de gestão e ferramentas de auditoria, como produtos das linhas ERP, CRM etc. Nos três dias da feira haverá palestras e demonstrações de produtos e sistemas, em diversos horários. Entre os temas estão também o Imposto de Renda de Pessoa Jurídica 2001 e certificação digital, segurança em e-commerce, controle para pequena e média empresa. A exposição reúne empresas como Módulo, Apligraf, Nasajon, Audit, Microsiga, Ernst & Young, Arthur Andersen, Trevisan, KPMG e o MONITOR MERCANTIL. A II Feira de Informática será realizada no Campus da Universidade do Brasil (a volta do antigo nome da UFRJ), que fica na Avenida Pasteur, 250, no Salão da Congregação e Auditório Pedro Calmon. A exposição vai até quarta-feira, de 12h a 20h. Entrada franca, aceitando-se doação de 1kg de alimentos não perecíveis para entidades filantrópicas presentes.
Auxílio
A Fundação Ruben Berta, em parceria com a Varig, presta um serviço de caráter humanitário na compra de medicamentos não fabricados no Brasil. Não são cobrados os serviços de compra e transporte, ficando a cargo do solicitante somente o custo do medicamento. Os contatos devem ser feitos com o Setor de Medicamentos, no prédio administrativo da Varig, próximo ao Aeroporto Santos Dumont.
A voz do dono
Quem decidiu, mesmo?
Três mais um
A pequena reforma tributária que o governo federal pretende implementar não irá mais unificar o ISS, o ICMS e o IPI, mas sim criar um novo imposto, o IVA. Com a manutenção do ISS no âmbito municipal, o governo desistiu da idéia de criar o IVV. A decisão do governo atende uma das reivindicações da Confederação Nacional do Comércio, da Federação Nacional do Fisco Municipal e do Fórum Nacional do Fisco. O professor de Direito Tributário da Uerj, Alexandre da Cunha Ribeiro, disse que a arrecadação do ISS e do ICMS ficarão do mesmo jeito que está sendo feito atualmente, ou seja, o ISS na esfera municipal e o ICMS na estadual.