Nesta segunda, Aloizio Mercadante assumiu a Presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em cerimônia que contará com as presenças do presidente Lula, do vice Geraldo Alckmin e da ex-presidente Dilma Rousseff.
No último dia 25, o Conselho de Administração do banco já havia aprovado o nome de Mercadante para o cargo; e mesmo antes, despacho do Tribunal de Contas da União (TCU) deu aval à nomeação.
Segundo a CNN, “havia incertezas quanto à nomeação devido à Lei das Estatais, que restringe a nomeação para Conselhos de Administrações ou diretoria de estatais, incluindo a Presidência, de ‘pessoa que atuou, nos últimos 36 (trinta e seis) meses, como participante de estrutura decisória de partido político ou em trabalho vinculado à organização, estruturação e realização de campanha eleitoral’.”
Mercadante foi o coordenador do programa de governo da campanha de Lula, em 2022, mas sempre alegou que foi de forma voluntária e restringiu-se a trabalho intelectual e que, desta maneira, a lei não o alcança.
Na última terça-feira, Aloizio Mercadante, em encontro com conselheiros da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), já havia destacado que sua gestão terá como marca o fortalecimento da indústria e a ampliação do crédito e reiterou a importância que o BNDES dará à política de reindustrialização brasileira.
“Nós temos que olhar para a indústria, pois é ela que mais gera empregos qualificados, impostos, salário, desenvolvimento sustentável e tecnologia” explicou o presidente do BNDES, lembrando que o setor industrial já teve participação de 27% no PIB ante os 11% atuais. “O banco tem várias linhas de financiamentos a setores industriais, com uma atuação muito forte em setores como energia eólica ou apoio à exportação de maquinários. Mas podemos e queremos fazer mais. A agenda da economia verde, por exemplo, é algo promissor. Também vamos tratar como prioridade a expansão do crédito às micro, pequenas e médias empresas.”
O novo presidente do BNDES também ressaltou como um dos desafios da instituição a redução na taxa de juros de longo prazo (TLP) para ampliação do financiamento às micro, pequenas e médias empresas. O banco hoje dispõe de R$ 54 bilhões para apoio a este segmento, que recebe o crédito através de uma rede de 77 bancos parceiros.
Com informações da CNN, citando o Estadão Conteúdo e a Reuters; do Diário do Poder; e da Agência BNDES de Notícias
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