Dados da Roda, operadora de mercadinhos do Rio de Janeiro, apontam que este conceito tem muito potencial de crescimento: atualmente, apenas 1,4% desse nicho está sendo explorado. Mesmo assim, o faturamento é alto e pode girar em torno de R$ 1,1 bilhão apenas na capital fluminense.
Em termos nacionais, esses valores podem chegar a R$ 35 bi. Para o gerente de Operações e Negócios da Cipa, administradora de condomínios e imóveis, Bruno Queiroz, os últimos dois anos mudaram por completo a vida nos condomínios, que precisaram apresentar soluções diferenciadas para o dia a dia dos moradores.
“A expansão dos minimercados nos condomínios aconteceu nos últimos dois anos e foi acelerada pela pandemia e pelo trabalho remoto. Os condomínios tiveram que mudar suas relações com os moradores, e esse conceito de oferecer a comodidade de compras dentro dos prédios deve continuar, pois estamos falando de uma solução boa para os moradores com custo zero para o condomínio. Alguns formatos ainda preveem a possibilidade de ações que revertam em outros benefícios para o próprio condomínio”, explica.
Ainda segundo ele, “a grande vantagem é a disponibilidade, pois funciona 24 horas por dia, sete dias por semana. A ideia não é criar uma concorrência com os hiper e supermercados ou com as empresas de delivery, mas atender à necessidade mais imediata do morador. O acesso fica mais fácil, rápido e seguro”, acrescenta.
Para Queiroz, o crescimento desse tipo de investimento deve, com o passar do tempo, mudar também o perfil do negócio.
“Acredito que um ponto de minimercado em um condomínio possa, por exemplo, funcionar como uma dark store (local de armazenamento e distribuição de mercadorias) para atender outros condomínios da mesma região com um sistema de delivery. Isso seria fazer um mix de duas soluções concorrentes dentro do mesmo conceito, otimizando a operação”, alega.
“Pequenos negócios são a base da economia”, reconhecue o presidente Jair Bolsonaro, em encontro com a Frente Parlamentar Mista da Micro e Pequena Empresa (MPE),
“O Auxílio Emergencial, que liberou R$ 50 milhões por mês, injetou fôlego e as micro e pequenas empresas foram fundamentais nisso”, disse.
A reunião, promovida com apoio do Sebrae, contou com a presença de diversos parlamentares envolvidos na agenda prioritária das MPE no Congresso Nacional.
Para Bolsonaro, “com o Pronampe, serão mais de R$ 112 bilhões girando para micro e pequenas empresas”, frisou.
Presidindo a Frente Parlamentar Mista da MPE, o senador Jorginho Mello (PL_SC) agradeceu o apoio do Executivo para as pautas aprovadas no Legislativo. Segundo ele, graças ao trabalho em conjunto, foi possível garantir crédito, auxílio e novas legislações que beneficiam as micro e pequenas empresas.
“Aprovamos a criação das Empresas Simples de Crédito. Já são mais de mil ESCs pelo Brasil, emprestando dinheiro aos pequenos negócios. Sem falar de medidas como o Pronampe, que já injetou mais de R$ 62 bilhões e vai emprestar mais R$ 50 bilhões”, relembrou, ao comentar que os empreendedores são bons pagadores com taxa de inadimplência de apenas 2,6%.
Já os 15 anos da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa foram celebrados pelo presidente do Sebrae, Carlos Melles, como uma das medidas que tiraram milhões de brasileiros da informalidade.
“Hoje, somos mais de 7,5 milhões de micro e pequenas empresas e 13 milhões de Microempreendedores Individuais (MEI) que produzem 30% do Produto Interno Bruto”, lembrou.