As ofertas no mercado de capitais atingiram R$ 268,2 bilhões nos primeiros cinco meses do ano, captação recorde para o período e que representa um crescimento de 150,3% na comparação com o mesmo intervalo em 2023. Considerando apenas maio, o volume chegou a R$ 73,4 bilhões, com alta de 227% no confronto com igual mês do ano passado, divulgou nesta quinta-feira (13) a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
No acumulado, as ofertas de renda fixa totalizaram R$ 239,6 bilhões, também alcançando o melhor resultado para os cinco primeiros meses do ano na série histórica.
“A possibilidade de que o ritmo de queda da Selic seja reduzido diante das incertezas no cenário internacional e do quadro fiscal doméstico reforça a perspectiva de que as emissões de renda fixa continuem sendo predominantes ao longo do ano”, afirma Guilherme Maranhão, presidente do Fórum de Estruturação de Mercado de Capitais da Anbima.
As debêntures se destacaram, somando R$ 160,6 bilhões no acumulado do ano, batendo mais um recorde, com alta de 204,0% na comparação com o mesmo período em 2023. A captação em maio (R$ 49,5 bilhões) é a maior já registrada, considerando qualquer mês na série histórica.
Na análise da destinação dos recursos no ano, 31,9% foram para gestão ordinária e 25,6% para infraestrutura. Os fundos de investimento foram os principais subscritores nesse período, com 50,1% do volume, seguidos dos intermediários e demais participantes ligados à oferta, com uma fatia de 44,4%. O prazo médio dos papéis alcançou 7,53 anos.
Nos instrumentos de securitização, os FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios) lideraram, com R$ 27,2 bilhões em emissões no ano, mais do que o dobro (162,1%) do contabilizado no mesmo intervalo em 2023.
Já os CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) e os CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio) registraram captações recordes, com R$ 26,3 bilhões e R$ 17,7 bilhões, respectivamente, no acumulado dos cinco primeiros meses, e expansão de 185,1% e 69,8% no mesmo confronto.
Os FIIs (Fundos de Investimento Imobiliário) também atingiram o maior patamar da série histórica, totalizando R$ 22,7 bilhões em ofertas, com um salto de 288,8%.
Na renda variável, não houve emissões em maio e os follow-ons mantiveram a soma de R$ 4,9 bilhões em 2024.