A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país, subiu, novamente, de 8,35% para 8,45% neste ano. É a 25ª elevação consecutiva na projeção. A estimativa está no Boletim Focus de desta segunda-feira, pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC), com a projeção para os principais indicadores econômicos.
O indicador já acumula alta de 5,67% no ano e de 9,68% nos últimos 12 meses, o maior acumulado desde fevereiro de 2016, quando o índice alcançou 10,36%. A previsão para 2021 está acima da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC, definida pelo Conselho Monetário Nacional em 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,25% e o superior de 5,25%.
Para 2022, a estimativa de inflação é de 4,12%. Para 2023 e 2024, as previsões são de 3,25% e 3%, respectivamente.
Para o mercado financeiro, a expectativa é que a Selic encerre 2021 em 8,25% ao ano, mesma projeção da semana passada. Para o fim de 2022, a estimativa é que a taxa básica suba para 8,50% ao ano. E para 2023 e 2024, a previsão é 6,75% e 6,50% ao ano, respectivamente.
As instituições financeiras consultadas pelo BC mantiveram a projeção para o crescimento da economia brasileira este ano em 5,04%. Para 2022, a expectativa para Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – é de crescimento de 1,57%. Em 2023 e 2024, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 2,20% e 2,50%, respectivamente.
A expectativa para a cotação do dólar também se manteve em R$ 5,20 para o final deste ano. Para o fim de 2022, a previsão é que a moeda americana fique em R$ 5,24.
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