Mercado financeiro reduz previsão da inflação para 4,59%

No início do ano, previsão de inflação do mercado financeiro para 2023 era de 5,31% e para o PIB se limitava a 0,8%

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Boletim Focus
Boletim Focus (ilustração BCB)

A previsão da inflação feita pelo mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2023 – considerado a inflação oficial do país – continua caindo: de 4,63% na estimativa anterior para 4,59%. A estimativa está no Boletim Focus desta segunda-feira, pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

No primeiro boletim divulgado este ano, em 2 de janeiro, a previsão de inflação das instituições financeiras era de 5,31%.

Previsão da inflação dentro da meta do BC

A estimativa para 2023 está dentro da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3,25% para 2023, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,75% e o superior 4,75%.

Para 2024, a projeção da inflação ficou em 3,92%. Para 2025 e 2026, as previsões são de 3,5% para os dois anos.

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A projeção das instituições financeiras no Boletim Focus para o crescimento da economia brasileira (Produto Interno Bruto, PIB) neste ano ficou em 2,89%. Bem acima da projeção de janeiro, que era de 0,8%.

Para 2024, a expectativa para o PIB é de crescimento de 1,5%. Para 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,93% e 2%, respectivamente.

A previsão para a cotação do dólar está em R$ 5 para o fim deste ano. Para o fim de 2024, a previsão é que a moeda americana fique em R$ 5,08. Houve uma leve queda na projeção para 2023, que estava em R$ 5,27 no primeiro Boletim Focus do ano.

Maiores juros reais do mundo

Segundo o BC, no último Relatório de Inflação, a chance de o índice oficial superar o teto da meta em 2023 é de 67%. A previsão da inflação feita pelo mercado financeiro de 2024 está acima do centro da meta prevista, fixada em 3%, mas situa-se dentro do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.

A inflação oficial acumulada este ano atingiu 3,75%. Nos últimos 12 meses, o índice está em 4,82%.

Para o mercado financeiro, a taxa Selic deve encerrar 2023 em 11,75% ao ano, o que deve manter o Brasil no topo do ranking dos países com maior taxa de juros real (descontada a inflação).

Para o fim de 2024, a estimativa é de que os juros básicos caiam para 9,25% ao ano. Para o fim de 2025 e de 2026, a previsão é de Selic em 8,75% ao ano e 8,5% ao ano, respectivamente.

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