Os lançamentos de imóveis nos Estados Unidos em julho caíram 9,6%, para uma marca anual ajustada sazonalmente de 1,446 milhão, 8,1% abaixo da registrada no mesmo mês de 2021, de acordo com um relatório divulgado pelo U.S. Census Bureau, parte do Departamento de Comércio. Os dados mais recentes marcam o ritmo mais fraco desde o início de 2021.
Os lançamentos unifamiliares, em particular, caíram 10,1% em relação a julho de 2021 e 2,1% no acumulado do ano. Esta é a leitura mais baixa para a construção de residências unifamiliares desde junho de 2020.
“A demanda por habitação continua enfraquecendo com taxas de juros mais altas, enquanto do lado da oferta as construtoras continuam a lidar com os custos mais altos”, disse Jerry Konter, presidente da Associação Nacional de Construtores de Casas (NAHB), em comunicado, segundo a agência de notícias Xinhua.
“A política monetária mais rígida do Federal Reserve e os custos de construção persistentemente elevados provocaram uma recessão imobiliária”, disse o economista-chefe da NAHB, Robert Dietz. “No entanto, à medida que crescem os sinais de que a taxa de inflação está próxima do pico, as taxas de juros de longo prazo se estabilizaram, o que proporcionará alguma estabilidade para o lado da demanda do mercado nos próximos meses”, avaliou Dietz.
O mercado imobiliário dos EUA caiu em uma recessão “completa”, informou o New York Post nesta segunda-feira. “A confiança dos construtores despencou por oito meses consecutivos, marcando seu pior período desde que o mercado imobiliário implodiu em 2007”, disse a reportagem, acrescentando que a taxa média de hipoteca fixa de 30 anos quase dobrou desde janeiro.
Pesquisa recente da empresa de financiamento Freddie Mac mostrou que a maioria dos norte-americanos está preocupada em pagar pela moradia. Entre os 2 mil adultos pesquisados, 62% disseram estar “um pouco ou muito preocupados em conseguir cobrir suas hipotecas no próximo ano”, enquanto 69% disseram que estão “um pouco ou muito preocupados com os preços mais altos das casas em geral”.
Entre as maiores preocupações estavam a de uma recessão econômica iminente (84%) e o aumento das taxas de juros (77%), enquanto metade disse estar preocupada em perder seus empregos.
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