Mercado Livre de Energia: opção de até 35% de economia na conta de luz

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Torre elétrica de Itaipu (Foto: Alexandre Marchetti)
Torre elétrica de Itaipu (Foto: Alexandre Marchetti)

Responsável por 85% do consumo da indústria, o Mercado Livre de Energia está proporcionando mais economia, isenção de bandeiras tarifárias e liberdade para negociar preços e tipos de energia. Segundo Daniel Ito, gerente de Monitoramento da Esfera Energia – empresa de tecnologia que atua com gestão e comercialização de energia, nesse segmento, os preços dos contratos de energia são negociados e gerenciados pelo consumidor, enquanto que no mercado cativo o consumidor é passivo ao preço contratado pela distribuidora e que na maioria dos casos é superior aos preços praticados no Livre. Esse cenário de diferentes preços e negociações possibilita que os consumidores tenham uma economia de até 35% na conta de energia.

Atualmente, o Mercado Livre de Energia é direcionado para consumidores que gastam pelo menos R$ 50 mil por mês em sua conta de energia – o equivalente a 500 kW de demanda contratada. No entanto, existem discussões em andamento sobre a abertura desse mercado para consumidores de menor porte e, futuramente, até para o consumidor final. Além disso, existem as empresas que se enquadram na categoria, mas ainda não conhecem os benefícios do mercado.

Em dezembro do ano passado, o Mercado Livre de Energia representava 32% do total de consumo do país, segundo a Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel) – e teve um aumento de 22% comparado a dezembro de 2019.

De acordo com Ito, para usufruir desse benefício, é necessário acompanhar o mercado e as variáveis que permitem identificar os melhores momentos para compra, além de realizar cotação com vários players para garantir as melhores condições. Hoje, existem empresas que não só ajudam o consumidor a migrar para o Mercado Livre de Energia, como fazem todo esse trabalho de gestão e análise de mercado, direcionando o melhor momento para compra.

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Ito também explica que o consumidor pode negociar a contratação de energia de acordo com as suas necessidades e especificidades. Dessa forma, é possível negociar volumes, prazos, reajustes, flexibilidades e preços, dando autonomia na tomada de decisão além de maior previsibilidade de gastos quando comparado ao mercado cativo.

No mercado cativo, de Contratação Regulada, não existe a possibilidade de adequar produtos e condições de acordo com o seu perfil de consumo. Além disso, o consumidor tem mais poder na tomada de decisão, controlando a estratégia de compra de energia, sem ficar refém das tarifas determinadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em virtude da estratégia da distribuidora

Sem bandeiras tarifárias

De acordo com Ito, neste segmento, as empresas negociam o preço da energia que será válido por todo o período contratado. Dessa forma, o consumidor não fica sujeito às alterações de bandeiras tarifárias, que influenciam diretamente no preço cobrado pelas concessionárias de energia.

Fatores como períodos de seca ou menor volume de chuvas, por exemplo, influenciam no preço da energia, fazendo com que a tarifa fique mais cara para o consumidor.

Ele explica que, neste mercado, o consumidor tem a possibilidade de escolher qual é o tipo de energia que ele quer comprar, como energias de fontes renováveis como energia solar ou eólica, diminuindo assim impactos no meio ambiente, reduzindo a poluição atmosférica para tentar controlar os efeitos do aquecimento global.

Além disso, sustentabilidade e fontes de energias renováveis fazem parte das pautas da agenda global – sendo uma tendência cada vez maior no país e entre as empresas.

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