Em período de silêncio, o Bradesco prepara divulgação, no dia 7 de maio, dos resultados do primeiro bimestre de 2025, após o fechamento das bolsas de valores do Brasil (B3) e de Nova Iorque (Nyse).
As projeções de mercado para os resultados do Bradesco no primeiro bimestre indicam um desempenho positivo, com um crescimento de lucro líquido e um aumento na margem financeira líquida.
A Genial Analisa, por exemplo, prevê um lucro líquido de R$ 22,2 bilhões para 2025, com um crescimento de 13,4% em relação ao ano anterior. O Santander também tem recomendação de compra para a ação do banco, com uma projeção de lucro de R$ 5,48 bilhões no primeiro trimestre de 2025, representando um aumento de 29% em relação ao mesmo período do ano anterior.
No início deste ano, o segundo maior banco do país comunicou ao mercado suas projeções de crescimento para o ano de 2025: O Indicador Projeção Carteira de Crédito Expandida deve ficar entre 4% a 8%, a Margem Financeira Líquida (Margem Financeira Total – PDD Expandida) –R$37 bilhões a R$41 bilhões, as Receitas de Prestação de Serviços entre 4% a 8%.
As Despesas Operacionais (Despesas de Pessoal + Administrativas + Outras) 5% a 9% e os Resultados das Operações de Seguros, Previdência e Capitalização entre 6% a 10%. O CEO do Bradesco, Marcelo Noronha, afirmou na ocasião que 2025 será um ano “de pés no chão”, com crescimento da carteira de crédito mais lento.
Último balanço
No quarto trimestre, divulgado em fevereiro, o Bradesco registrou um lucro líquido recorrente de R$ 5,4 bilhões, um aumento de 87,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. No acumulado do ano, o lucro líquido do Bradesco foi de R$ 19,6 bilhões, representando um aumento de 20% em comparação com 2023.
O banco mostrou que segue se recuperando após uma sequência de resultados ruins em 2023, com aumento da inadimplência e perda de rentabilidade, que levaram a uma mudança de presidente. No quarto trimestre, o ROE (retorno sobre patrimônio) ficou em 12,7%. O patamar é 5,8 pontos acima do mesmo intervalo de 2023 e 0,3 ponto superior ao do terceiro trimestre do ano passado.
A margem financeira com clientes subiu 5,4% na comparação anual, para R$ 16,995 bilhões. Esse indicador mostra quanto o banco ganhou com seu negócio principal, que é a concessão de empréstimos.
A carteira de crédito do Bradesco cresceu 4% no quarto trimestre de 2024 ante o terceiro e 11,9% na comparação com o quarto trimestre de 2023, para R$ 981,7 bilhões. O maior avanço foi no segmento de pequenas e médias empresas: 28% ano a ano. A carteira de pessoas físicas se expandiu 13,3% e a de grandes empresas, 2,5%.
