Mercado

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O ex-diretor geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP) David Zylbersztajn está em vias de privatizar a si mesmo. A ironia é da Sinopse Fecombustíveis, publicação da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis. “David, que sempre trabalhou em governos, sairá da quarentena em fevereiro”, informa a Fecombustíveis. Especula-se que poderá ir para os setores de telefonia ou termelétrico, mas não se descarta que continue na área petrolífera.

Assalto
Sem citar nomes ou dar números, Gil Siuffo, presidente da Fecombustíveis, admitiu que “as distribuidoras decepcionaram ao repassar para os postos um percentual aquém do que esperávamos”. Apesar disso – e mesmo sabendo que no Brasil, ao contrário do resto do mundo, as distribuidoras ficam com a parte do leão – Siuffo acusa os estados de ficarem com boa parte do que deveria ser repassado aos consumidores.

Só para cima
A redução virtual de 20% no preço da gasolina, além de revelar o descompasso recorrente entre as promessas do governo FH e a realidade, enseja lição inesquecível sobre o livre mercado: contrariando o ditado popular de que para baixo todo santo ajuda, no reinado dos monopólios, subir é fácil, difícil é descer.

Vôo longo
A Varig vai emitir, nas próximas três semanas, debêntures no valor de R$ 40 milhões a serem encarteiradas pela Infraero. Com isso, a empresa rola, por 15 meses, a dívida que tem com a estatal de igual valor. A informação é do vice-presidente de Finanças da Varig, Dorival Schultz.

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O seqüestro e o brutal assassinato do prefeito Celso André teve forte repercussão internacional. A coluna recebeu e-mail até de Portugal de solidariedade aos brasileiros e indignação com a omissão do governo.

Febeapá
Depois do caos na segurança, o governador Geraldo Alckmin ameaça entrar para o anedotário nacional com a proposta de proibir a venda de celulares pré-pagos. Na mesma linha de “medidas duras” contra seqüestradores, o tucano deve propor, em breve, a destruição dos orelhões ou, como medida alternativa, o fichamento de todos os que comprarem cartões telefônicos.

Quem manda
Além da eficácia duvidosa, a proposta de Alckmin de banir os celulares pré-pagos esbarra numa barreira econômica. Com a inadimplência no setor na faixa de R$ 1 bilhão, os pré-pagos já são cerca de 65% dos celulares do país. Como ex-correligionário de Sérgio Motta, Alckmin tem sinais mais do que suficientes para entender que um setor capaz de garantir indexação para a correção das suas tarifas tem argumentos, digamos consideráveis$, para barrar esta proposta antes de o telefone ser tirado do gancho. A propósito, o ministro da área, Pimenta da Veiga, já se insurgiu contra a proposta de Alckmin.

Em dólar
A disparidade entre o preço da privatização da empresa e o que a Vale estaria disposta a pagar por uma mina no Chile confundiu até o digitador da nota de ontem. A proposta da Vale poderia chegar a US$ 1 bilhão, em dólar mesmo, e não R$ 1 bilhão, contra R$ 3,2 bilhões que o grupo controlador pagou para ter a empresa inteira.

Estimativa
A Cerj, não satisfeita com aumentos acima da inflação, empréstimos do BNDES e outros mimos garantidos pelo governo federal, está em marcha acelerada para melhorar seu fluxo de caixa em cima dos consumidores. Um cliente da empresa, cuja conta vencia todo dia 2, viu o prazo ser reduzido para o dia 28, num mês, dia 26, no seguinte, e dia 24, na última cobrança. Nesse ritmo, a empresa vai acabar cobrando antes que o consumo ocorra.

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