Mercados abrem com cautela

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Bolsa (Foto: divulgação)
Bolsa (Foto: divulgação)

Os principais mercados europeus fecharam sem direção única na tarde de ontem (16). Os investidores do continente ponderavam o consenso de permanência na taxa de juros, juntamente com a possibilidade de um tom menos baixista por parte da política monetária. Londres subiu 0,17%. Frankfurt caiu 0,12%. Paris subiu 0,20%. Milão ganhou 0,12%. Na Península Ibérica, Madri recuou 0,31% e Lisboa teve alta de 0,46%.

Em Nova Iorque, a cautela em relação à decisão do Fed deu o tom para o desempenho dos mercados. Tais receios se concretizaram com Jerome Powell dando ênfase à alta da inflação, a recuperação da economia e a possibilidade de retirada dos estímulos, o que assustou os mercados e gerou elevação no rendimento das treasuries. O Dow Jones teve queda 0,77%. O S&P 500 perdeu 0,54% e o Nasdaq perdeu 0,24%.

O Ibovespa seguiu o mau-humor de Wall Street após a decisão do Fed. A reação das bolsas americanas e a alta nos rendimentos dos títulos longos americanos geraram impacto no dólar e no fluxo de capitais. Internamente, a queda no minério de ferro impactou companhias do setor. Assim, o principal índice da B3 fechou com queda de 0,64%, em 129.259,49 pontos.

Hoje, as Bolsas na Ásia fecharam sem direção única nesta madrugada. Houve a sugestão de retirada de alguns estímulos. Além disso, os juros podem começar a cair antes, em 2023, e não mais em 2024. O Nikkei teve queda de 0,93%. O Kospi teve queda de 0,42%. Hong Kong subiu 0,43% e Taiwan teve ganho de 0,22%. Na China continental, o Xangai e o Shenzhen tiveram alta de 0,21% e 1,16%, respectivamente.

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Os mercados globais abrem em queda, ponderando a decisão do Fomc e o discurso de Jerome Powell.

No Brasil, o mercado também abre em queda, com o Fed menos dovish e o Copom mais hawkish.

O mercado continuará reagindo ao Copom e ao Fomc.

O BC fará oferta de contratos de swap a partir das 11h30.

O Tesouro ofertará LTNs para os vencimentos 2022, 2023 e 2024; NTN-Fs para 2027 e 2031; LFTs para 2022 e 2027.

Os mercados também ficarão atentos à MP da Eletrobras e à tramitação das demais reformas.

Na Zona do Euro, o destaque foram os números da inflação medidos pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC). O núcleo do indicador ficou dentro das expectativas para maio, em 0,2% ao mês. Ao ano, o índice foi a 1,0%, ante projeção de 0,9%. O indicador amplo teve alta de 2,0% ao ano e de 0,3% ao mês.

Nos EUA, os pedidos por seguro-desemprego tiveram alta acima do esperado, chegando a 412 mil pedidos, ante projeção de 359 mil. Regionalmente, o índice de atividade industrial do Fed da Filadélfia chegou a 30,7 pontos, contra projeção de 31. O Relatório de Emprego, realizado pela mesma instituição, saiu de 19,3 em maio para 30,7 em junho.

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Matheus Jaconeli

Economista da Nova Futura Investimentos

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