Mercados abrem mistos em dia de dados fiscais

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Bolsa (Foto: divulgação)
Bolsa (Foto: divulgação)

Os principais índices europeus fecharam em alta na quarta-feira, mesmo com as expectativas em relação ao aumento de preços. No entanto, o avanço na vacinação e a diminuição nos números de casos contribuiu para que os mercados fechassem em alta. Paris teve avanço de 0,31%. Milão ganhou 0,69%. Frankfurt teve elevação de 0,80%. Londres teve crescimento de 0,50%. Na Península Ibérica, Madri e Lisboa tiveram alta de 0,21 e 0,11%, respectivamente.

Nos EUA, os mercados fecharam em alta devido ao anúncio de Jerome Powell, presidente do Fed, amenizando o risco de alta da inflação, pois a autoridade monetária considera que a retomada da economia americana ainda está longe de sua recuperação total. Assim, o Fed continua dovish e o estímulo fiscal permanece no radar. O Dow Jones teve elevação de 1,35%, o S&P 500 teve alta de 1,13% e a Nasdaq ganhou 0,99%.

No Brasil, o Ibovespa fechou em alta de 0,38%, em 115.667,78 pontos. Além da melhora no ambiente global, houve influência dos números corporativos, que se mostram positivos, além das notícias referentes à possibilidade de privatização da Eletrobras. O dólar teve queda de 0,40%, a R$ 5,40.

Os mercados na Ásia fecharam em alta devido ao anúncio do Fed de que manterá os estímulos à economia americana. Na China continental, Xangai teve elevação de 0,59% e Shenzhen teve queda de 0,51%. Nikkei ganhou 1,67% e Seul teve elevação de 3,50%. Hong Kong e Taiwan subiram a 1,20% e 1,48%, respectivamente.

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Hoje, no exterior, os mercados europeus abrem mistos e os futuros em Nova Iorque tiveram abertura mista, mas logo em seguida viraram para o negativo. Os futuros no Brasil também abriram com volatilidade.

No Brasil, o IGP-M em fevereiro teve uma nova alta, com elevação de 2,58% em relação ao mês imediatamente anterior. Já ao ano, a alta acumulada é de 5,17%. Os destaques para a elevação foram os bens intermediários, com alta de 2,54%, e de matérias-primas brutas, com aumento de 5,86%. Dentro do IPC, houve aumento de 1,52%.

O mercado também ficará atento ao balanço da Petrobras. O Tesouro fará oferta LTNs para os vencimentos 2021, 2023 e 2024; NTN-Fs para 2027 e 2029; e LFTs para 2022 e 2027. O resultado primário do governo central de janeiro tem expectativa de alcançar R$ 39,4 bilhões, contra o déficit de R$ 44,1 bilhões.

Na agenda política e econômica, há destaque para a aprovação do marco legal das statups; o Projeto de Lei entregue ao Congresso pelo presidente Jair Bolsonaro para quebrar o monopólio dos Correios e abrir caminho para a sua privatização; e a análise da PEC Emergencial no plenário.

Na Europa, o destaque é para o indicador de clima do consumidor para março, pesquisado pelo instituto GfK. O indicador foi de queda de 12,9 pontos, contra as expectativas de perda de 14,3. Apesar de negativa, essa performance evidencia que os consumidores da principal economia da Zona do Euro estão com melhores perspectivas para março.

Nos EUA, como ocorre toda quinta-feira, serão divulgados os pedidos iniciais por seguro-desemprego. O esperado é de 838 mil pedidos, contra avanço de 861 mil pedidos na última semana. No país também serão divulgados números importantes de atividade econômica, como os pedidos de bens duráveis, com expectativa de alta de 0,7%; e vendas pendentes de moradias, que pode sair de -0,3% para -0,2%. A segunda prévia do PIB americano tem perspectiva de crescimento de 4,2%, contra 4,0% na primeira avaliação para o quarto trimestre de 2020.

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Matheus Jaconeli

Economista

Nova Futura Investimentos

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