Mercados em alta acompanhando commodities e crescimento na China

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Bandeira da China (Foto: J.C.Cardoso)
Bandeira da China (Foto: J.C.Cardoso)

Os mercados europeus fecharam alta antes da divulgação da ata do Fomc. O que puxou as Bolsas no continente foi o desempenho positivo das commodities e do setor financeiro, influenciado positivamente pelas perspectivas de alta de juros no continente com a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, que está propensa a subir os juros e teve novos adeptos quanto à uma política monetária mais agressiva contra a inflação. Em Londres, o índice Financial Times avançou 0,51%. Frankfurt teve avanço de 0,63%. Paris ganhou 0,73%. Milão teve valorização de 1,57%. Na Península Ibérica, Madri e Lisboa tiveram ganhos de 1,49% e 0,88% respectivamente.

Nos EUA, os mercados viraram para a alta contrariando os futuros na abertura. A ata do Fomc foi hawkish, mas o mercado já esperava apesar dos últimos dados de atividade econômica aquém do esperado como o de hoje, com os pedidos de bens duráveis ter avançado 0,4% ante expectativa de 0,6%. Como há forte preocupação com a inflação. O posicionamento do mercado ficou evidenciado pela rotação setorial, para companhias do setor de consumo tendo maior variação no dia, com o setor de Consumo Discricionário avançando 2,78%. O Dow Jones teve alta de 0,6%. O S&P 500 teve avanço de 0,95% e o Nasdaq teve ganho de 1,51%.

O Ibovespa passou por muita volatilidade, ficando praticamente no zero-a-zero a 110.580 pontos. Por um lado, a alta das commodities beneficiando Petrobras e Vale. Houve uma mudança de carteira também para setores cíclicos, tal qual ocorrera nos EUA, mesmo com os DIs fechando em alta.

Hoje, os mercados asiáticos fecharam em alta com a Coreia do Sul fazendo a segunda alta consecutiva de alta de juros. Na China, o primeiro-ministro, Li Keqiang, informou que é preciso assegurar o crescimento econômico para o próximo trimestre, tal como reduzir o desemprego. Xangai teve avanço de 2,41%. O Nikkei ganhou 1,75%. Hang Seng teve ganhos de 4,01% e o Kospi teve alta de 1,03%.

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Com as notícias positivas, pró-crescimento de Pequim, o minério de ferro negociado na Bolsa de Dalian teve alta de 4,19%, a 869,50 iuanes, o equivalente a US$ 131,95

Também influenciados pelas perspectivas de crescimento econômico da China, apesar da digestão do Fomc e das projeções negativas da Nvidia, os futuros fecharam em alta.  Na agenda econômica, serão divulgados o PIB, pedidos por seguro-desemprego e vendas pendentes por moradias.

A Europa também opera no positivo, acompanhando o avanço das commodities e o moderado bom humor evidenciado nos futuros dos EUA e as informações advindas na China.

No Brasil, o mercado tende a seguir os movimentos do exterior. A alta das commoditiese do minério de ferro contribuirá para o avanço de companhias importantes para o avanço do índice. Na agenda econômica, a arrecadação será divulgada às 10h30 e o Caged evidenciará o desempenho do mercado de trabalho.

No corporativo, a Petrobras (PETR4) assinou na véspera com a empresa Grepar Participações, veículo societário de propriedade conjunta das empresas Grecor Investimentos em Participações, Greca Distribuidora de Asfaltos e Holding GV Participações, contrato para a venda da refinaria Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (Lubnor) pelo montante de US$ 34 milhões.

A Eneva (ENEV3) informou que firmou com a Suzano (SUZB3) contrato de 10 anos para o fornecimento de gás natural liquefeito (GNL) as instalações industriais localizadas na cidade de Imperatriz, no Maranhão, com investimento estimado de R$ 530 milhões. O fornecimento comercial está previsto para o primeiro semestre de 2024.

O Carrefour (CRFB3) confirmou a aprovação da compra do Grupo Big pelo Cade e avaliou que os remédios determinados “ficaram em patamar sensivelmente inferior” àquele mencionado na declaração de complexidade da Superintendência do colegiado, que sugeria o desinvestimento de cerca de 10% das lojas do Grupo Big.

BR Properties (BRPR3) informou que a Vista Capital atingiu participação de 10,06% do total de ações emitidas pela companhia no dia 20 de maio e, no dia 23 de maio, reduziu sua participação para 9,96% do total de ações.

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Matheus Jaconeli

Analista de investimentos da Nova Futura Investimentos

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