Mercados ficam atentos a petróleo e ruídos políticos no Brasil

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As principais Bolsas do Velho Continente fecharam em alta em dia de baixa liquidez por conta do feriado americano, com a retomada do setor bancário e o avanço nos preços do petróleo às vésperas da reunião da Opep+. Outro fator positivo para os mercados europeus foram os bons dados do PMI de serviços e do composto, contribuindo para a alta de companhias relacionadas ao varejo.

Em mais um dia de desconforto político, o Ibovespa sucumbiu. As acusações de corrupção envolvendo o Governo Federal na compra de vacinas e a articulação de partidos favoráveis ao impedimento do presidente Jair Bolsonaro geraram aumento do risco percebido. E a reforma tributária também continua gerando mal-estar nos investidores. Pelo lado positivo, destacam-se a retomado nos preços do minério de ferro e do petróleo e a alta dos indicadores do PMI de serviços e do composto.

Hoje, os mercados asiáticos fecharam sem direção única nesta madrugada. Os agentes ficaram de olho nos atritos entre a Arábia Saudita e os demais membros da Opep+, resultando em abandono das negociações em relação ao planejamento da oferta de petróleo. Na Oceania, a autoridade monetária australiana manteve a taxa de juros em 0,10%, mas anunciou a retirada de compras semanais dos títulos. Na China, Pequim interferiu na Didi, dona da 99, com o argumento de que o aplicativo viola as informações pessoais de seus clientes.

Os mercados europeus operam majoritariamente em queda, com os investidores mantendo a cautela em relação à possibilidade de volatilidade nos preços do petróleo e de queda nas expectativas econômicas, ofuscando os números positivos do varejo.

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Os futuros nos EUA operam próximos da estabilidade, aguardando os dados do PMI da IHS Markit e da ISM Inc.

No Brasil, a FGV publicou o Indicador Antecedente de Emprego (Iamp), que subiu 4,2 pontos de maio para junho, chegando a 87,6 pontos. Segundo a instituição, a flexibilização das medidas restritivas e a redução no número de óbitos por Cóvid-19 contribuíram para a melhora do índice.

Os futuros do mini-índice do Ibovespa abrem em queda, com receios em torno das política e dos caminhoneiros.

O Tesouro ofertará NTN-B para 2024, 2028 e 2040 e o BC fará leilões de swap cambial a partir das 11h30.

Os empresários pressionam o governo a rever pontos da reforma tributária.

Na política, o mercado financeiro tem receios em torno dos reajustes dos combustíveis nas refinarias pela Petrobras, gerando novas perspectivas de greve dos caminhoneiros. A CPI também ficará no radar dos agentes.

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Matheus Jaconeli

Economista da Nova Futura Investimentos

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