Na Europa, os mercados fecharam majoritariamente em alta. Sem dados na agenda econômica, o movimento dos investidores foi motivado pela busca de ativos baratos após as fortes quedas recentes. Todavia, o cenário ainda é desafiador uma vez que a guerra na Ucrânia continua e o receio de recessão global ainda paira no mundo.
Em Londres, o FTSE 100 subiu 0,42%. O parisiense CAC 40 teve alta de 0,75%. Em Frankfurt, o DAX teve alta de 0,20% e Milão teve avanço de 0,39%. Na Península Ibérica, as Bolsas terminaram o dia com perdas. Em Madri, o índice IBEX 35 recuou 0,61% e Lisboa teve baixa de 0,79%.
Nos EUA, os mercados também responderam com alta. Após o feriado, as Bolsas subiram forte ignorando a alta dos rendimentos das treasuries. Quanto à atividade econômica, a venda de casas usadas já volta para um patamar pandêmico sendo uma sinalização um tanto preocupante para o mercado imobiliário.
O Dow Jones teve alta de 2,15%. O S&P 500 ganhou 2,45% e o Nasdaq teve avanço de 2,51%.
No Brasil, as coisas ocorreram de forma oposta. Apesar de a Bolsa iniciar para cima, ela acabou não suportando os riscos oriundos da política.
O ministro de Minas e Energia que sempre se posicionou como um liberal questionou o PPI e houve conversas sobre a possibilidade de mudança na política das estatais.
Outro fator negativo foi a discussão em torno dos subsídios para os caminhoneiros. Assim, o Ibovespa teve recuo de 0,17% aos 99.685 pontos.
Hoje, na Ásia, os mercados fecharam no vermelho com os receios inerentes à recessão global. Internamente, a ata do BoJ (o BC japonês) mostrou que inflação do país continuou em baixa. Em Xangai o mercado teve perda de 1,20%. O Nikkei perdeu 0,37%. Hang Seng teve perda 2,56% e o Kospi teve perda de 2,74%.
O minério de ferro negociado na Bolsa de Dalian teve baixa de 5,96%, a 709,50 iuanes, o equivalente a US$ 105,62.
Na Europa, os mercados operam em queda considerável devido aos receios relacionados à inflação e recessão global. A inflação do Reino Unido, por exemplo, chegou a 9,1% e ao produtor também avança fortemente.
Nos EUA os futuros operam em queda, devolvendo os ganhos. Os investidores ficarão atentos à fala de Jerome Powell, Thomas Barkin e Patrick T. Harker.
No Brasil, o movimento de queda tende a continuar. A queda do minério de ferro e o mau humor global tende a afetar a Bolsa.
Adicionalmente, as questões relacionadas ao voucher para caminhoneiros, a PEC dos combustíveis e a CPI da Petrobras tendem a afetar fortemente a Bolsa por conta do risco político.
No corporativo, a Petrobras solicitou esclarecimento à União sobre notícia referente à conversão de ações da companhia.
O Bradesco firmou parceria para receber clientes locais do private banking do BNP Paribas.
O IRB registrou prejuízo líquido de R$ 92,7 milhões em abril de 2022, comparado a um prejuízo de R$ 48,9 milhões em abril de 2021.
A WEG aprovou a distribuição de JCP no valor de R$ 181,6 milhões, o equivalente a R$ 0,0432 por ação, com pagamento em 17 de agosto de 2022. As ações serão negociadas ex a partir de 27 de junho.
A Multiplan aprovou pagamento de JCP no montante de R$ 145 milhões, o equivalente a R$ 0,25 por ação. O pagamento será realizado até 30 de junho de 2023.
A Eletrobras aprovou a criação da Diretoria de Regulação e Relações Institucionais. Segundo a empresa, o diretor responsável será escolhido posteriormente pelo Conselho de Administração.
A Neogrid informou o fim do programa de recompra de ações aprovado em 18 de janeiro, após adquirir 8,5 milhões de papéis.
A Engie concluiu a aquisição do Projeto Serra do Assuruá junto à PEC Energia, com preço máximo de R$ 265 milhões. A operação foi realizada por meio da controlada Engie Brasil Energias Complementares.
A Hapvida unifica Vice-presidência de Suporte, como parte da fusão com a NotreDame.
O fundo de investimento Samambaia Master reduziu participação acionária de 15,65% para 14,89%, passando a deter 53.912.916 de units emitidas pela Energisa.
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Matheus Jaconeli
Analista de investimentos da Nova Futura Investimentos