Mercados operam em alta e IBC-Br sobe 1,14%

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Painel da Bolsa (Foto: divulgação)
Painel da Bolsa (Foto: divulgação)

A maioria dos índices europeus fechou em alta na tarde de ontem. As expectativas de crescimento mais fraco devido aos indicadores divulgados pela agência Eurostat fizeram com que o sentimento de manutenção da liquidez permanecesse, sustentando as altas. No Reino Unido, a queda no minério de ferro influenciou negativamente o seu principal índice, devido ás quedas de companhias importantes como a Rio Tinto.

As principais bolsas americanas fecharam em alta com os pedidos semanais por seguro-desemprego evidenciando nova queda, alimentando o sentimento de melhora da economia. A alta no índice de preços ao produtor superou as perspectivas, mas a desaceleração do CPI entre junho em julho fez com que parte do mercado acredite que o tapering ocorrerá somente em novembro.

No Brasil, a política continuou a influenciar negativamente o mercado de renda variável. O adiamento da reforma do IR na Câmara sinalizou que não há consenso quanto à versão que será votada e a permanência dos ruídos políticos envolvendo os três poderes continuaram a elevar o risco percebido, como ficou evidenciado nos DI’s. A troca de portfólios, após resultados corporativos majoritariamente positivos, também foi um driver que contribuiu para a realização.

Hoje, os principais índices asiáticos fecharam em queda nesta madrugada. O anúncio da Bolsa de Valores de Xangai dando conta da remoção da maior fabricante de chips do país, a SMIC, do índice de ações qualificadas do Stock Connect de Xangai-Hong Kong impactou as ações de semicondutores em todo o continente, levando os mercados da Ásia a terem realização generalizada.

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Na Europa, o bom humor visto ao longo da semana permanece graças às perspectivas de permanência dos estímulos do BCE e bons números corporativos. No que se refere aos dados da agenda econômica de hoje, a balança comercial da Zona do Euro teve alta de 47% e o índice de preços ao atacado da Alemanha desacelerou em julho.

Nos EUA os futuros operam majoritariamente em alta, influenciados pelos números corporativos positivos e com os dados de conjuntura evidenciando crescimento da economia americana. Hoje, na agenda de dados econômicos, serão divulgados os preços de bens importados, índices de confiança do consumidor e a Contagem de Sondas Baker Hughes.

No Brasil, o mini-índice futuro abre em correção, buscando acompanhar os seus pares globais.

O IBC-Br, o principal índice antecedente do PIB, teve alta de 1,14% em junho, contra a queda de 0,43% no mês imediatamente anterior.

Apesar da possível correção de hoje, os agentes ficaram atentos aos ruídos políticos.

O mercado também deve repercutir a agenda corporativa devido aos balanços de Embraer, Cogna, Americanas AS, Sabesp, CPFL, Cyrela, Lojas Renner, BRF, Magazine Luiza e Energisa.

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Matheus Jaconeli

Economista da Nova Futura Investimentos

 

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