Mercados se recuperam com bom humor externo

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Bolsa de Valores (Foto: divulgação)
Bolsa de Valores (Foto: divulgação)

Os mercados europeus fecharam em queda no pregão de ontem, com a expectativa de aperto da política monetária nos EUA ao fim do ano, ao passo que o rendimento das treasuries passava de 1,50%, próximo ao fechamento do pregão europeu. Os dados de atividade internos também contribuíram para a queda. As vendas no varejo da Zona do Euro ficaram aquém das expectativas e as encomendas da principal economia do bloco, a Alemanha, teve retração de 7,7%, contra a expectativa de queda de 2,1%, repercutindo problemas da cadeia produtiva.

Em Nova Iorque, os principais índices viraram para a alta. Após o cenário negativo para as Bolsas do país, houve acordo entre democratas e republicanos após o líder republicano no Senado, Mitch McConnell, concordar com a elevação do teto da dívida até dezembro. Quanto ao dado mais importante do dia, a criação de empregos divulgada pela ADP Systems superou as expectativas, atingindo a criação de 568 mil vagas no setor privado.

A Bolsa brasileira também fechou em alta, seguindo Nova Iorque. Internamente, os dados de venda no varejo de setembro decepcionaram, evidenciando queda de 4,1% anualmente e de 3,1% na comparação mensal. Já a produção de veículos em setembro divulgada pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) registrou queda de 23% contra o mesmo período do ano passado, indicando os problemas relacionados aos gargalos produtivos ocasionados pela crise de semicondutores.

Hoje, os mercados asiáticos fecharam em alta seguindo Nova Iorque, após sucessivas quedas e a continuação do feriado na China continental. No continente, o minério de ferro teve mais um dia de leve alta, de 0,24% em Singapura, cotado a US$ 118,15.

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Na Europa, os mercados abrem em alta após o acordo entre Democratas e Republicanos nos EUA.

Os futuros nos EUA seguem a alta de ontem após o impedimento do “apagão” fiscal no país. Quanto aos dados internos, os agentes aguardam os pedidos semanais por seguro-desemprego e o crédito ao consumidor.

No Brasil, os mercados devem seguir o bom humor externo, com a agenda vazia no dia.

O Tesouro ofertará LTNs para os vencimentos 2022, 2023 e 2025; NTN-Fs para 2027 e 2031; e LFT para 2023 e 2027. O BC oferecerá até 15 mil contratos, das 11h30 às 11h40.

Dentre outros destaques, seguem as discussões em torno da PEC dos precatórios e em relação à reforma tributária.

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Matheus Jaconeli

Economista da Nova Futura Investimentos

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