Mercados sobem em véspera do Copom

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Roberto Campos Neto (Foto: ABr/arquivo)
Roberto Campos Neto (foto ABr)

No feriado desta segunda-feira nos EUA, em memória de Martin Luther King Jr,. os mercados operaram em alta. Os números de atividade econômica positivos da China e o avanço em relação às vacinas contribuíram para o desempenho dos mercados.

Na Europa, o avanço da vacinação da população e os números advindos do extremo Oriente contribuíram para o avanço dos principais índices do continente. Todavia, os números de infectados pela Covid-19 continuam subindo e as medidas de restrição social podem permanecer após março. Na Itália, o primeiro-ministro Giuseppe Conti continua a levar riscos para o país.

Londres teve queda de 0,22%. Frankfurt teve alta de 0,44%. Paris subiu em 0,10%. Milão ganhou 0,53%. Madri e Lisboa ganharam 0,29% e 0,42%, respectivamente.

O petróleo fechou em queda. Apesar dos números positivos da economia chinesa, o presidente eleito dos EUA, Joe Biden, comunicou que poderá interromper a construção do oleoduto Keystone. O avanço da Covid-19 nos EUA e na Europa também pesou para o desempenho da commodity energética. O WTI teve queda de 0,52%, cotado a US$ 52,15 o barril; e o Brent fechou com retração de 0,64%, a US$ 54,75.

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Em São Paulo, o principal índice da B3 fechou com alta de 0,74%, com os investidores observando o início da vacinação no Brasil e os números positivos referentes à economia chinesa, que contribuíram para o avanço do índice. Todavia, os ruídos na política e o avanço da Covid-19 continua no radar dos investidores. O Ibovespa teve alta de 0,74%, aos 121.241,63 pontos. O dólar teve alta de 0,01%, cotado a R$ 5,30.

As bolsas na Ásia fecharam majoritariamente em alta, com expectativas positivas quanto à recuperação global e políticas de estímulos. O Nikkei teve alta de 1,39%, Hong Kong ganhou 2,70% e o Kospi, da Coreia do Sul, ganhou 2,61%. Na China continental, o Xangai e o Shenzhen recuaram 0,83% e 0,96%, respectivamente.

Hoje, os mercados globais operam majoritariamente em alta com o discurso de Janet Yellen, indicada por Biden para a secretaria do Tesouro dos EUA. Após a formuladora de política econômica informar que pretende manter a moeda americana forte, hoje a economista afirmou que buscará medidas fiscais para ajudar a sociedade, comprometendo-se com estímulos, o que faz os mercados colocarem de lado os riscos da Covid-19.

No Brasil, apesar da melhora do ambiente externo, o anúncio de Baleia Rossi (MDB-SP), candidato à presidência da Câmara dos Deputados, de que apoia a ampliação do auxílio emergencial e a queda na popularidade do presidente Jair Bolsonaro trazem riscos referente à medida populista.

O Banco Central fará leilão de 16 mil contratos de swap a partir das 11h30 e o Tesouro ofertará NTN-Bs para 2026, 2030 e 2055. Roberto Campos Neto, presidente do BC, participa a partir das 10h da primeira sessão da reunião do Copom, com o mercado esperando retirada do foward guidance.

Na Europa, a principal economia do continente divulgou os números de inflação para dezembro. As expectativas eram de avanço de 0,5% ao mês e de deflação de -0,3% ao ano, evidenciando que a percepção em relação à demanda ainda continua deprimida por conta dos efeitos da Covid-19. Os números divulgados pela Destatis foram de -0,3% ao ano e de 0,5% ao mês, de acordo com o esperado pelo mercado.

O Instituto ZEW também divulgou dados importantes referentes à percepção dos agentes econômicos para janeiro em relação à Alemanha e à Zona do Euro. O indicador de condições atuais superou as expectativas dos agentes, tendo queda de -66,4, contra expectativa de -68,5, enquanto a percepção econômica chegou a 61,8 pontos, contra as expectativas de 60,0 pontos. Na Zona do Euro, o indicador foi positivo, saindo de 54,4 para 58,3 pontos.

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