Mesmo com abertura, 54% pretendem continuar comprando online

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Para conhecer em detalhes a evolução dos hábitos de consumo pós-Covid-19, a agência de comunicação Marco elaborou o Estudo Marco de Hábitos de Consumo Pós-Covid-19. A sondagem internacional foi realizada entre mais de 4.500 pessoas no Brasil, Espanha, Itália, Portugal, México e Colômbia. Uma de suas principais conclusões aponta que 76% dos cidadãos que vivem nos países pesquisados mudaram definitivamente seus hábitos de consumo.

O Brasil se destaca como um dos mercados com maior número de consumidores (65%) que afirmam ter feito mais compras virtuais durante esse período. Essa tendência se repete na Espanha (60%) e nos outros países da América Latina (ao menos 65%), ficando abaixo da Itália (81%). Do mesmo modo, depois do distanciamento social, 54% dos brasileiros farão mais compras virtuais do que antes. Essa tendência de alta também é perceptível no mercado latino-americano (ao menos 51%), mas novamente tem destaque na Itália (82%). Consequentemente, esse crescimento tem impacto no setor de varejo, resultando na aposta obrigatória em canais virtuais de vendas e marketing.

No período de isolamento, 75% dos brasileiros escolheram a televisão como o principal meio para se manterem informados. Em seguida está a mídia digital, com 58%. Tanto a TV quanto os portais de notícias ocupam as duas primeiras posições em todos os países pesquisados. No Brasil completam o ranking Facebook (38%), WhatsApp (34%), rádio (17%), LinkedIn (5%) e jornais impressos (4%). Em paralelo, também houve um grande crescimento em várias plataformas de streaming. As que tiveram maior aumento na utilização pelos brasileiros foram Netflix (73%), Amazon Prime (32%) e Globoplay (26%). Os consumidores também optaram pelos videogames (50% entre os homens e 37% entre as mulheres) como uma das principais opções de lazer durante o isolamento.

De acordo com os dados apurados, quase metade dos brasileiros (47%) acredita que há censura ou controle da mídia e das redes sociais desde o início da crise da Covid-19. Colômbia e México, os outros países da América Latina pesquisados, registram os maiores percentuais (61% e 59%, respectivamente), seguidos pela Espanha, com 54%. Dos seis países pesquisados, Portugal (30%) é o único cuja população não aponta um controle governamental relevante sobre meios de comunicação.

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Outro estudo, realizado pela Intelipost, apontou que a pandemia tem movimentado o mercado de compras virtuais. Na comparação com o ano anterior, o comportamento de compra mudou para itens mais baratos e encomendas mais leves. O levantamento fez uma comparação entre os dados que circularam na plataforma entre os dias 26 de fevereiro e 10 de maio de 2020, com o mesmo período de 2019. Segundo o estudo, os setores que mais cresceram no período foram casa e decoração (250%), construção e ferramentas (143%), artigos de bebê (126%), eletrônicos (113%), materiais de escritório (107%) e saúde e beleza (102%).

Em uma análise regional, os estados que mais cresceram em compras virtuais durante a quarentena foram São Paulo (64%), Amapá (53%), Rio de Janeiro (52%) e Sergipe (52%).

Outra mudança observada no estudo foi a diminuição no tamanho médio das encomendas compradas pela internet. Em média, os pacotes ficaram 16% mais leves, indicando que as pessoas passaram a comprar virtualmente itens mais básicos. O peso médio das encomendas no período analisado em 2020 foi de 5,3 kg. Além disso, o tíquete médio caiu 59%, passando de R$ 507 em 2019 para R$ 362 em 2020.

Em uma análise sobre o tipo de frete mais escolhido, houve um aumento de 56% na modalidade express (com entrega em até dois dias após a realização do pedido). Além disso, houve uma diminuição, como esperado, do formato de retirada em lojas (-38%), causada pelo fechamento do varejo físico.

Os prazos de entrega também ficaram mais curtos, influenciado em parte pela diminuição do trânsito. O prazo médio de entrega aos clientes foi de 6,88 dias em 2019 para 6,33 em 2020. Em São Paulo, por exemplo, o prazo médio de entrega é de 3,09 dias.

Em relação ao frete grátis, houve um aumento de 62% na oferta entre fevereiro e maio de 2020, na comparação com o mesmo período do ano passado. Os setores que mais usaram esta estratégia foram casa e decoração, moda, brinquedos e games, e saúde e beleza. A intenção de compras online durante a quarentena aumentou 25% em comparação com os 45 dias anteriores, período pré-quarentena.

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