Mesmo com o SUS, brasileiro gasta 20% da renda com saúde

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SUS (Foto: Marcello Casal Jr./ABr)
SUS (Foto: Marcello Casal Jr./ABr)

Apesar de o Brasil ter um Sistema Único de Saúde (SUS) que pressupõe acesso universal, integral e equânime ao atendimento, sem desembolsos extras além dos impostos que todos pagam, 7% dos domicílios brasileiros, nos quais vivem cerca de 11 milhões de pessoas, já comprometem 20% ou mais do seu poder de compra com saúde.

O dado é de um estudo inédito da Universidade de São Paulo (USP), que reuniu pesquisadores da Faculdade de Economia e Administração (FEA), da Faculdade de Economia de Ribeirão Preto e da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP Leste, entre outros. Medicamentos e planos de saúde são hoje as principais despesas de saúde das famílias brasileiras.

Mas para a classe média tradicional que antes da pandemia era 51% e hoje diminuiu para 47%, segundo o Instituto Locomotiva, uma opção que vem sendo utilizada para os atendimentos de qualidade em rede credenciadas e referenciadas são os cartões de multibenefícios que garantem preços acessíveis e uma agenda de consultas eficaz, um exemplo disso, é a SecureCard, que só neste ano de 2023 pretende credenciar 300 mil cartões.

Diferentes estudos têm apontado que esse porcentual de comprometimento perigoso pode ser de 20%, 30% ou 40% da capacidade de pagamento (gasto total menos as despesas com alimentação).

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No Brasil, apenas 1% dos domicílios atingiu o limite máximo da capacidade de pagamento, mas, trocando em números, trata-se de 1,6 milhão de pessoas que têm esse nível de despesa com saúde. O maior índice de comprometimento foi encontrado no Centro-Oeste do país, que atingiu 8% dos domicílios com 20% ou mais da renda engessada. O menor foi registrado na Região Norte, 5%. O Sudeste ficou na média nacional, com 7%.

Segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o número de mulheres titulares de planos de saúde no Brasil é superior ao de homens desde a criação da Agência, em janeiro de 2000. De acordo com análise de dados da ANS, realizada pela Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), entidade que representa grandes grupos de operadoras de saúde do país, elas representam cerca de 53% do total de beneficiários de planos médico-hospitalares, segundo informações atualizadas até janeiro de 2023. Ou seja, dos 50,3 milhões de usuários de planos de assistência médica registrados no período, mais de 26,7 milhões são mulheres.

Somente em 2021, foram realizadas mais de 17 milhões de consultas em ginecologia e obstetrícia e cerca de 10 milhões de exames complementares, como Papanicolau em mulheres de 25 a 59 anos (5,7 milhões) e mamografia (4,6 milhões), de acordo com a ANS.

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