Metade das crianças no Brasil cresce em famílias pobres

Banco Mundial apoia projeto do Bolsa Família para beneficiar crianças das famílias pobres brasileiras

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Pobreza e fome (Foto: ABr/arquivo)
Pobreza e fome (Foto: ABr/arquivo)

O Banco Mundial aprovou um projeto de US$ 300 milhões para fortalecer o Bolsa Família. A expectativa é que o projeto beneficie até 9 milhões de crianças de famílias cadastradas, segundo divulgou a instituição. Antes da pandemia, um em cada cinco brasileiros era cronicamente pobre, mas a pandemia agravou as desigualdades existentes no país. Atualmente, quase metade das crianças brasileiras, a futura força de trabalho do País, cresce em famílias pobres.

Com a nova fase do Bolsa Família, no governo Lula, voltará a ser obrigatório a frequência escolar e o cumprimento dos calendários de vacinação e de exames médicos regulares para as crianças, que não foram cobrados durante a pandemia.

Tiago Falcão, especialista sênior em Proteção Social do Banco Mundial, falou sobre a longa parceria entre o governo brasileiro e a instituição.

“Esse projeto consolida o compromisso operacional e analítico de longa data entre o governo brasileiro e o Banco Mundial nas questões de proteção social. Começa em 2003, ainda no período de desenho e lançamento do Programa Bolsa Família, passa pelo Brasil Sem Miséria entre 2011/2014, chega no período crítico de enfrentamento da pandemia de Covid e agora é um novo projeto de apoio ao novo Bolsa Família.”

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O Banco Mundial ressalta ainda que retomará o modelo anterior à pandemia que determina o valor da transferência com base na composição familiar, considerando o número de pessoas em cada domicílio e suas idades.

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, ressaltou que a atenção à criança é prioridade. Ele explicou que o valor ajudará a cumprir as condições do programa e a melhorar as condições de vida das famílias pobres beneficiadas.

Os municípios que receberam mais pagamentos do programa Bolsa Família tiveram crescimento maior do emprego formal, com maioria de postos de trabalho no setor privado e salário de até dois mínimos, obtidos por pessoas com ensino fundamental completo.

Esse é um dos pontos positivos do Bolsa Família nos municípios, de acordo com Joana Silva, economista sênior do Banco Mundial (Bird). O programa movimenta o comércio e impulsiona o consumo de alimentos, roupas e produtos de higiene.

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