Metade dos projetos de inovação na AL é abandonada por falhas

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A convivência com os erros é praticamente unânime entre empresas que buscam inovar. De acordo com uma nova pesquisa da empresa de cibersegurança Kaspersky, 98% dos líderes de inovação da América Latina admitem que os seus projetos falham muitas vezes antes de serem lançados. Inclusive, quase metade desses projetos (48%) nem sequer passa da fase de desenvolvimento. A falta de cooperação entre os departamentos de segurança da informação também faz aumentar a probabilidade de que um projeto nunca seja lançado.

A pesquisa da Kaspersky mostra ainda que a fase de desenvolvimento é considerada a mais desafiadora ao longo do "ciclo de vida da inovação". Quase metade (48%) dos decisores seniores de inovação latino-americanos entrevistados concordam com essa afirmação. A pesquisa escutou 304 líderes de inovação de empresas ao redor do mundo, sendo que 50 deles são da América Latina.

Para a maioria das empresas latino-americanas, o principal motivo do fracasso da inovação é a falta de compreensão das necessidades dos clientes, com 26%. Isso significa que a capacidade de executar é tão importante como ter uma ideia brilhante, a fim de transformar um insight valioso numa solução rentável e plausível. Uma vez estabelecido o plano, vale a pena também analisá-lo regularmente para acompanhar a atividade da concorrência, as tendências do mercado e as flutuações da indústria.

A cibersegurança não foi listada entre as principais razões pelas quais os projetos falham. No entanto, existe uma crença partilhada (82% concordam) de que, ao não incluir um diretor de segurança da informação (CISO, em inglês) na fase inicial do processo, as empresas estão aumentando a probabilidade de que o seu projeto de inovação não seja bem-sucedido. Isso pode estar relacionado com a incapacidade de adaptar os projetos às regras rigorosas de cibersegurança, com mais de metade (54%) dos entrevistados acreditando que a política de segurança da informação em sua empresa asfixia a inovação.

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“As empresas não podem sobreviver sem inovação e, para obter uma vantagem competitiva, devem se desenvolver continuamente, assumir riscos e até enfrentar algumas falhas ao longo do caminho. Momentos críticos como o que vivemos agora são excelentes oportunidades para testar inovações, o que talvez não seria possível em tempos normais. Hoje, as empresas têm ferramentas para garantir que uma tecnologia ou produto emergente cheguem ao seu lançamento com sucesso e, neste sentido, a cibersegurança não pode ser um obstáculo, mas parte integrante do processo de inovação”, afirma Claudio Martinelli, diretor-geral da Kaspersky na América Latina.

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