Metade dos reajustes salariais fica abaixo da inflação

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Produção industrial (foto ABr)
Produção industrial (foto ABr)

Os salários não estão conseguindo acompanhar a disparada da inflação. De acordo com o Dieese, em cerca de 59% das negociações realizadas em julho os reajustes foram abaixo da inflação medida pelo INPC, do IBGE. Em outras 16% foram iguais à inflação, e em cerca de 25% resultaram em aumentos reais aos salários. Os dados estão no boletim de “Olho na Negociação”.

O “Salariômetro”, da Fipe, confirma as perdas. Em julho, a média do reajuste foi de 7,6%. Como a inflação do período bateu os 9,2%, houve perda real nos salários de 1,6 ponto percentual.

Ao longo de 2021, de acordo com o Dieese, os reajustes acima do INPC representam apenas 17,5% do total; os iguais ficaram em 32,2%; as negociações que terminaram em perdas salariais, com índice abaixo da inflação, representaram 50,3%. A variação real média no ano, até julho, foi negativa (-0,71%).

“Com 15 milhões de desempregados, 5 milhões de desalentados, somados aos milhões de subocupados, a negociação salarial fica mais complicada”, disse à CUT a coordenadora de pesquisas do Dieese, Patrícia Pelatieri.

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Outro problema apontado por Patrícia é o fim da política de ganhos reais para o salário mínimo. Como os reajustes de diversas categorias têm como base o mínimo, o fim do ganho acima da inflação resultou em perdas mesmo para quem tem salários acima do piso nacional.

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