A “Carta do Rio”, que será entregue hoje pelos secretários de Energia das regiões Sudeste e Centro-Oeste ao ministro das Minas e Energia, José Jorge Lima, começa com as amenidades de praxe, mas não esconde no final crítica à política de privatização do setor elétrico. Os secretários manifestam “total confiança” no novo ministro e nos presidentes da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), José Mário Abdo, e do Operador Nacional do Sistema (ONS), Mário Santos, na busca de soluções que evitem o racionamento de energia. O tom sobe no parágrafo seguinte, quando ressaltam que qualquer decisão tem que ser previamente discutida com os governos estaduais. E finaliza com a proposta de estabelecer, nas futuras licitações e concessões de geração hidráulica e de linhas de transmissão, metas “mais arrojadas” para início e término dos investimentos.
Nova visão
Circulando no Rio o número 1 da revista Perspectiva RJ, editada pela Federação das Associações Comerciais, Industriais e Agropastoris do Estado do Rio (Faciarj). A publicação se destaca no panorama de entidades empresariais do estado porque, ao contrário dos jornais e boletins de outras entidades que trazem uma visão “chapa branca” dos fatos, procura fazer reportagens que abordem potencialidades e problemas do Rio e apontem soluções. A matéria principal trata das perdas para a economia fluminense com a forma de cobrança do ICMS sobre petróleo, que isenta a produção – o Rio é responde por 80% da extração nacional – e tributa o refino, beneficiando São Paulo.
Casa Grande
Um milionário inglês que ameaçou chicotear a babá brasileira de seus filhos porque a jovem de 27 anos se recusou a ter relações sexuais com ele foi condenado terça-feira a dois anos de prisão, informa o jornal londrino Daily Telegraph. A babá, cujo nome não foi divulgado, fora contratada via Internet e não cedeu à proposta do patrão de fazer sexo em troca de dinheiro. Passou então a ser ameaçada pelo inglês, que mostrou um vídeo em que ele dava chicotadas em uma negra.
Subliminar
Anúncio bancado pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro na sexta-feira passada exaltava a reforma do Palácio Laranjeiras e sua abertura a visitação pública. O texto destacava que a população agora poderia ter acesso, com guias, ao espaço, antes restrito a “presidentes, governadores e autoridades”. Talvez por uma brincadeira do subconsciente, o redator do anúncio não incluiu presidentes e governadores entre as autoridades. O que, pelo menos no caso do atual ocupante da cadeira presidencial brasileira, não esteja muito longe da verdade.
Carreira
FH parece estar em dúvida sobre seu destino após deixar a Presidência da República: oculista ou produtor de moda.
Empresa-cidadã
Pesquisa realizada pelo Instituto Ires junto a 2.830 empresas mostra que 87% delas desenvolve projetos sociais para a comunidade e em 95% o item responsabilidade social integra a visão estratégica. Esses dados mostram que as empresas estão deixando suas ações filantrópicas para se dedicarem a ações socialmente responsáveis. A pesquisa apontou a existência de mais de 113 mil funcionários (67%) atuando de forma voluntária nos projetos sociais, sendo que 17% deles durante o período de expediente. Anualmente, as empresas investem, em média, R$ 98 mil em projetos voltados às áreas de educação (58%), saúde (46%), meio ambiente e cultura (39% cada) e qualificação profissional (37%), entre outras áreas. São beneficiadas cerca de 37 milhões de pessoas.
Carlismo
O lançamento do livro As Veias Abertas do Carlismo, do jornalista e escritor baiano Manoel Muniz Ferreira, sobre o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), acabou em briga na Câmara dos Deputados. Sobrinho de ACM, o deputado Paulo Magalhães (PFL-BA), chegou ao local retirando cartazes fixados na parede. Interpelado por Muniz, a disputa acabou em troca de socos e pontapés entre os dois. Segundo testemunhas, ninguém saiu ferido. Só as regras de convivência democrática: o presidente nacional do PT, deputado José Dirceu (SP), disse que vai protocolar uma representação por quebra de decoro parlamentar na Corregedoria da Câmara.