Microsoft enfrenta investigação antitruste nos EUA

Investigação conduzida pela FTC abrange de softwares a nuvem da Microsoft; Google também sofre com ação antitruste

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Sede da Microsoft em Redmond, EUA
Sede da Microsoft em Redmond, EUA (foto de Qin Lang, Xinhua)

A Comissão Federal de Comércio dos EUA (FTC) abriu uma investigação antitruste contra a Microsoft Corp., investigando desde os negócios de licenciamento de software e computação em nuvem da empresa até ofertas de segurança cibernética e produtos de inteligência artificial, de acordo com a agência de notícias Xinhua, citando Bloomberg News.

“Após mais de um ano conduzindo entrevistas informais com concorrentes e parceiros de negócios, os responsáveis pela aplicação da lei antitruste elaboraram uma solicitação detalhada para forçar a Microsoft a entregar informações”, disse o relatório, citando pessoas familiarizadas com o assunto. “A demanda, que tem centenas de páginas, foi enviada à empresa depois que a presidente da FTC, Lina Khan, assinou”, disse uma das fontes.

Os advogados antitruste da FTC devem se reunir com concorrentes da Microsoft na próxima semana para coletar mais informações sobre as práticas comerciais da empresa sediada em Redmond, Washington, segundo o relatório.

O escrutínio da FTC sobre os negócios de computação em nuvem da Microsoft ganhou força após uma série de incidentes de segurança cibernética que envolveram os produtos da empresa, acrescentou. A empresa é uma das principais contratadas do governo, fornecendo bilhões de dólares em software e serviços de nuvem para agências dos EUA, incluindo o Departamento de Defesa.

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Google também na mira antitruste

O Google também é alvo de processo antitruste nos Estados Unidos, capitaneado pelo Departamento de Justiça (DOJ), que argumenta que a empresa mantém um monopólio ilegal de mecanismo de busca desde pelo menos 2010.

A companhia assinou acordos caros com alguns dos gigantes fornecedores de computadores e smartphones. Por exemplo, paga mais de US$ 10 bilhões por ano a clientes como a Apple, de modo que os resultados de pesquisa padrão dos iPhones da Apple virão do mecanismo de buscas do Google. Além disso, os telefones Android – sistema também da Alphabet, controladora do Google – são pré-equipados com navegador e busca padrão pelo sistema da empresa.

Nesta terça-feira, o juiz que analisa o caso avisou que não adiará a decisão para dar tempo aos funcionários do futuro governo Trump. O DOJ propôs forçar o Alphabet a vender seu navegador Chrome e o sistema operacional Android.

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