Milei não fez milagres com ‘superávit’

Imposto inflacionário e cortes ‘loucos’ tornam insustentável superávit fiscal obtido por Milei na Argentina

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manifestação na argentina
Manifestação na Argentina (foto de Leandro Blanco, Telam)

A notícia de que a Argentina de Javier Milei saiu de um déficit público que vem desde 2008 e alcançou um superávit fiscal no primeiro trimestre de 2024 equivalente a 0,2% do PIB, em pouco mais de 3 meses de governo, caiu como uma luva no discurso dos defensores do “cortes nos gastos” custe a quem custar (desde que nada custe à elite, claro).

Dos Estados Unidos, a economista Monica de Bolle, professora da Johns Hopkins University, notou a repercussão, no Brasil, do superávit de Milei como se fosse uma manifestação de torcida. Estranhou que o assunto só ganhou grande destaque, fora da Argentina, no Brasil (nem tanto: a britânica The Economist publicou com euforia o suposto feito).

Em podcast, De Bolle fez uma rápida análise de como Milei chegou a esse modesto superávit em tão pouco tempo. Em primeiro lugar, está o impacto da inflação sobre as receitas do governo. Com aumento de preços em 12 meses batendo em 280%, o Tesouro ganha com o chamado “imposto inflacionário”. Também contribuiu para o superávit de Milei o fato de ele estar “cortando despesas loucamente”.

Esses 2 fatores revelam que a melhora fiscal não vem de fontes sustentáveis – inflação alta e corte ininterrupto. O aumento da pobreza, sustenta a professora, é insustentável. E vai se refletir em problemas para o governo em um futuro nem tão distante.

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“Como pode a Argentina ter resolvido todos seus problemas em 3 meses? Não resolveu, tá”, finaliza Monica de Bolle.

Ou, de forma resumida, quando parecer que o cavalo argentino está quase se acostumando a viver sem comer, ele estará à beira da cova.

Poder das corporações

Depois da briga com o TSE brasileiro, Elon Musk se meteu numa batalha contra o Governo da Austrália. Nada a ver com defesa da liberdade de expressão. O que o multibilionário quer é garantir que sua corporação – e outras nem tão ativas explicitamente – tenham domínio sobre os Estados, e não o contrário.

Manifestação a favor da Palestina na Universidade de Columbia, NY
Manifestação a favor da Palestina na Universidade de Columbia, NY (foto de Li Rui, Xinhua)

Democracia nos EUA

Na democracia estadunidense, não são apenas os cidadãos que se manifestam pró-Palestina que vão presos. Judeus também foram conduzidos à prisão – mas somente aqueles que protestaram contra a guerra.

Rápidas

O Hospital Paulista completa 50 anos nesta quinta-feira (25), com mais de 7,5 mil atendimentos mensais *** O Fórum Bancos & Banking, nesta quinta-feira, em São Paulo, abordará tendências globais em bancos digitais. O VP de Negócios da Veritran no Brasil, Wagner Martin, integra a mesa redonda do painel “Principalidade: o foco do ano para o Banking”, às 11h50, com participação de Jimmy Lui (Banco BV), João Manuel Campanelli (Travelex Bank) e Luciano André Ribeiro (Itaú Unibanco) *** O Energy Future realizará nesta quinta e sexta-feira oficina online sobre os fundamentos do Programa de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PDI) da Aneel. Inscrições aqui *** O ator Rafael Zulu e o odontologista Marcio Ramos lançaram a clínica Smillens, especializada em lentes de contato sem desgaste dos dentes, além de serem reversíveis *** Nesta quinta-feira, a advogada Marianna Furtado, sócia do escritório Montaury Pimenta, Machado & Vieira de Mello, ministrará, a convite da ABPI, aula sobre Direito da Propriedade Intelectual durante o curso “Imersão em Advocacia Empresarial”, na sede da OAB/GO *** Shopping Jardim Guadalupe realizará, nesta sexta-feira, mais uma edição do baile dançante gratuito “Ritmos do Guada” *** A LBV lança campanha de combate à dengue com recado das crianças: “Diga Sim à Prevenção!” Mais informações em lbv.org

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