Milionários aumentaram 6,3% em 2020

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Dinheiro (Foto: CC)
Dinheiro (Foto: CC)

O Brasil foi o país que mais “perdeu” milionários em 2020, segundo um levantamento recente do banco Credit Suisse. Junto com a crise, 108 mil pessoas no país deixaram de possuir riqueza superior a US$ 1 milhão. O número é quase o dobro do registrado na Índia, o segundo maior “perdedor” de milionários no ano (-66 mil).

Enquanto isso, o número de milionários cresceu 6,3% em todo o mundo, superando os 20 milhões, e as respetivas fortunas aumentaram 7,6%, totalizando US$ 80 biliões (67,2 biliões de euros), reportou o relatório sobre riqueza mundial World Wealth Report (WWR). Os números foram divulgados pela agência Lusa nesta terça-feira (29).

Segundo as conclusões da edição de 2021 do relatório da Capgemini, “impulsionada pela subida dos mercados de capitais e pelos estímulos governamentais à economia para fazer face aos impactos da pandemia, a região da América do Norte ultrapassou a da Ásia-Pacífico e tornou-se o líder mundial dos multimilionários e das grandes fortunas em 2020”.

A edição que marca o 25.º aniversário do WWR aponta que, “em 2020, o segmento dos multimilionários liderou o crescimento quer do número de milionários, quer do volume de riqueza: 9,6% e 9,1%, respetivamente”.

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Menos abastados

Já “o número de milionários e de milionários com fortunas de médio porte, bem como o seu nível de riqueza, cresceram menos: 6% e 8% respetivamente”, cita a publicação. De acordo com o estudo da Capgemini, apontado como “o mais antigo e um dos mais referenciados do mundo sobre a riqueza”, os milionários “envolveram-se mais nos seus investimentos nos últimos 25 anos, procuram mais aconselhamento e querem que este seja cada vez mais abrangente”.

“Num cenário em que há um número crescente de players tecnológicos a dedicarem-se à gestão de patrimónios, as empresas especializadas neste segmento de atividade precisam de se destacar, oferecendo serviços de consultoria suportados pelas tecnologias mais inovadoras do mercado e por modelos de negócio hiperpersonalizados”, aponta o relatório.

Segundo o relatório a Covid-19 provocou a terceira grande convulsão econômica do século XXI, depois das lições apreendidas com a bolha tecnológica de 2002 e com a crise financeira mundial de 2008. O World Wealth Report considera que “os serviços híbridos de consultoria, baseados em relações humanas e ferramentas digitais, abrem novas oportunidades para as empresas de gestão de patrimônio”.

“Os avanços tecnológicos, a mudança das dinâmicas sociais, os novos players do ecossistema, a democratização da gestão dos investimentos, a ascensão dos canais digitais e os ativos irão impactar o sucesso ou o fracasso das empresas de gestão de patrimônio no futuro”, sustenta, salientando que, “atualmente, os milionários estão interessados em modelos híbridos e procuram cada vez mais um misto de interações digitais e de relacionamentos diretos”.

Abrangência

O World Wealth Report 2021 da Capgemini abrange 71 países, que totalizam mais de 98% do rendimento nacional bruto e 99% da capitalização bolsista a nível mundial. Para a edição de 2021 do estudo Global HNW Insights Survey da Capgemini foram inquiridos mais de 2.900 milionários em 26 grandes mercados nas regiões da América do Norte, América Latina, Europa, Médio Oriente e Ásia-Pacífico.

Foram realizados levantamentos e entrevistas com mais de 100 executivos de gestão de patrimônio que representavam empresas exclusivamente especializadas em gestão de patrimônios, bancos, empresas de corretores independentes e ‘wealth management executives‘ de 17 países/mercados sobre os esforços de transformação digital, as estratégias de colaboração e as tendências do setor.

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