Ministro da Justiça antecipou nova fase da Lava Jato

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Em evento de campanha do deputado federal tucano Duarte Nogueira, candidato a prefeito de Ribeirão Preto, neste domingo, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, antecipou que haveria nova fase da Operação Lava Jato esta semana. Nesta segunda, a Polícia Federal deflagrou a 35ª fase da Operação Lava Jato e prendeu o ex-ministro Antônio Palocci – que nasceu e iniciou sua carreira política naquela cidade do interior paulista.

A uma semana das eleições municipais, tais fatos fizeram crescer as críticas ao caráter político e partidário da força-tarefa do Ministério Público Federal no Paraná. A declaração de Moraes, ex-secretário de Segurança do governo tucano de São Paulo, foi feita a integrantes do Movimento Brasil Limpo.

Ao dizer “podem ficar tranquilos”, o ministro deu a entender de que não só conhece o que a Lava Jato está fazendo, mas que é um interlocutor privilegiado do MP do Paraná. Feita em um evento de campanha, deixou a impressão de que a atuação do MP ultrapassou os limites do institucional, atuando politicamente para prejudicar o PT.

O Ministério da Justiça, ainda no domingo, divulgou nota em que alegava que a revelação do ministro foi apenas “força de expressão” com o intuito de garantir a continuidade das investigações da Lava Jato. No evento de campanha, Moraes falou: “Teve semana passada e vai ter mais, podem ficar tranquilos. Quando vocês virem esta semana, vão se lembrar de mim.”

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Semana passada, a Polícia Federal prendeu o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega no hospital em que este acompanhava a cirurgia da mulher, que luta contra o câncer. Algumas horas depois, o juiz Sérgio Moro mandou soltar Mantega, alegando questões humanitárias e que ele não podia interferir nas apurações.

A decisão de prender Mantega dentro de investigações sobre propinas e corrupção na Petrobras se deu após depoimento de Eike Batista. O empresário, porém, deixou claro que o pagamento de R$ 5 milhões que teriam sido solicitados pelo então ministro para saldar dívidas de campanha do PT não tinha qualquer contrapartida na Petrobras, onde era considerado persona não grata.

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