O ministro das Comunicações, Fabio Faria, afirmou que a empresa chinesa Huawei não preenche os requisitos para participar da rede privativa de 5G do governo brasileiro. Ele acrescentou que essa rede será construída e gerida por uma operadora privada e servirá não apenas ao Poder Executivo, como ao Congresso Nacional, ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à Procuradoria-Geral da República (PGR).
As declarações foram dadas em audiência pública do grupo de trabalho (GT) criado pela Câmara dos Deputados para acompanhar a implantação da quinta geração de telefonia celular no Brasil. A deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), que coordena o GT e pediu a audiência, defendeu a rede privativa para o governo, mas questionou por que uma rede separada, privativa de Estado, quando quem vai fazer a gestão será o setor privado.
O ministro respondeu que o governo não quer arcar com os gastos de construir e gerir a rede e disse que só haverá participação da empresa pública Telebras se não houver interesse das empresas privadas.
Após viagem em fevereiro à China, o ministro avaliou que a Huawei não tem interesse em participar da rede privativa.
Na visão do deputado Vitor Lippi (PSDB-SP), não há motivos para restringir fornecedoras de equipamentos de nenhum país, suspeitar de espionagem ou excluir a Huawei, segundo a Agência Câmara de Notícias.
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