Ministro por cinco dias

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Cinco dias após sua nomeação, o ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli, entregou na tarde desta terça-feira a carta de demissão ao presidente Jair Bolsonaro. As informações são do portal G1. Segundo o portal, "a expectativa do governo é encontrar um novo nome para o posto ainda nesta terça, mas não havia confirmação de que Bolsonaro aceitou o pedido."

Segundo a Folha de S. Paulo, que, entretanto, confirmou a demissão, " foi a maneira encontrada pelo governo para encerrar a crise criada com as falsidades no currículo divulgado por Decotelli, o terceiro ministro da Educação da gestão Bolsonaro."

"Constava no currículo de Decotelli um Doutorado pela Universidade Nacional de Rosario, da Argentina. O reitor da instituição, Franco Bartolacci, negou que ele tenha obtido o título", diz o jornal.

Já o G1 comenta que "após a polêmica sobre títulos que diz possuir, desmentidos pelas instituições de ensino, a própria equipe do presidente aconselhou Decotelli a deixar o cargo."

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Ontem à noite, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o então novo ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli, está sofrendo um processo de "deslegitimação" no cargo após as divergências sobre o currículo do auxiliar terem vindo a público.

Em uma postagem nas redes sociais, Bolsonaro elogiou o ministro, mas reconheceu que ele errou nas informações prestadas sobre o currículo.

"Desde quando anunciei o nome do professor Decotelli para o Ministério da Educação só recebi mensagens de trabalho e honradez. Por inadequações curriculares o professor vem enfrentando todas as formas de deslegitimação para o Ministério. O Sr. Decotelli não pretende ser um problema para a sua pasta (Governo), bem como, está ciente de seu equívoco. Todos aqueles que conviveram com ele comprovam sua capacidade para construir uma Educação inclusiva e de oportunidades para todos", afirmou.

Para dirigir o MEC, segundo a Folha o mais cotado, por ora, é Anderson Correia, atual reitor do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). São cogitados também o secretário de Educação do Paraná, Renato Feder, o ex-assessor do Ministério da Educação Sérgio Sant'Ana e o conselheiro do Conselho Nacional de Educação (CNE) Antonio Freitas, que é pró-reitor na FGV e cujo nome aparecia como orientador do doutorado não realizado por Decotelli.

Ontem à tarde, após se reunir com o presidente, no Palácio do Planalto, Decotelli afirmou em coletiva ter obtido os créditos do Doutorado na Argentina, mas disse que não chegou a defender uma versão final da tese. A banca que analisou seu trabalho pediu "readequações" na tese, mas o ministro disse que precisou voltar ao Brasil por conta de "dificuldades financeiras" e que não retornou para apresentar o texto.

Sobre o Pós-Doutorado na Alemanha, o agora ex-ministro da Educação também argumentou que a pesquisa foi concluída, apesar de não ter sido oficialmente considerada um título de Pós-Doutorado. "A pesquisa foi concluída? Foi. A estrutura da pesquisa, do Pós-Doutorado. Não tem sala de aula, não tem nota de uma disciplina, é uma orientação. Foi caracterizado que, quando foi concluído o trabalho, a pesquisa tinha que ser registrada em um cartório acadêmico. E você tem a pesquisa lá, registrada. Agora, o Pós-Doutorado é um título de pesquisa. Se você olhar o documento de Rosário, vai ver que os créditos foram concluídos", disse.

 

Com informações da Agência Brasil

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