Os ministros da Casa Civil, Rui Costa, e da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, farão hoje reunião de emergência com o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro.
A operação Contenção, realizada nesta terça-feira nos complexos do Alemão e da Penha é considerada a mais letal do Rio de Janeiro.
Além disso, Rui Costa atendeu ao pedido do governador do Rio de Janeiro para transferência de 10 detentos para presídios federais.
Esses homens teriam liderado de dentro da cadeia ações que culminaram com o caos na cidade, incluindo bloqueio de pistas e sequestro de ônibus em diferentes pontos da capital fluminense.
O Governo Federal acrescentou, em nota, que, uma reunião na Casa Civil com a presença do então presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, e dos ministros Rui Costa, Gleisi Hoffmann, Jorge Messias (AGU), Macaé Evaristo (Direitos Humanos e Cidadania), Sidônio Palmeira (Comunicação) e do secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Manoel Carlos, avaliaram os desdobramentos da operação no Rio de Janeiro.
“Durante a reunião, as forças policiais e militares federais reiteraram que não houve qualquer consulta ou pedido de apoio, por parte do governo estadual do Rio de Janeiro, para realização da operação”, informou o governo.
A operação deflagrada ontem teve repercussão internacional por conta das dezenas de mortes. Oficialmente, são 64 óbitos – incluindo quatro policiais -, mas os números finais devem passar de 100. Outros países e entidades internacionais também se manifestaram diante do alto nível de letalidade.
A Organização das Nações Unidas fez um postagem, no fim da noite de ontem, em seu perfil na rede X, em que escreveu:
“Brasil: estamos horrorizados com a operação policial em andamento nas favelas do Rio de Janeiro, que já teria resultado na morte de mais de 60 pessoas, incluindo quatro policiais. Esta operação letal reforça a tendência de consequências extremamente fatais das ações policiais nas comunidades marginalizadas do Brasil. Relembramos às autoridades suas obrigações sob o direito internacional dos direitos humanos e instamos a realização de investigações rápidas e eficazes”.
O jornal inglês The Guardian publicou matéria com o título: “Brasil: ao menos 64 mortos no dia mais violento do Rio de Janeiro em meio a batidas policiais”.
A seguir, a publicação escreveu: “A operação – a mais letal da história do Rio – começou de madrugada e teve intensa troca de tiros nos arredores das favelas do Alemão e Penha, onde moram cerca de 300 mil pessoas”. E complementou: “Fotos terríveis com alguns dos jovens homens mortos se espalharam pelas redes sociais”.
O espanhol El País cravou em sua reportagem sobre a operação que o “Rio de Janeiro vive uma jornada de caos colossal e intensos tiroteios por uma ação policial contra o crime organizado que já é a mais letal da história da cidade brasileira”.
O francês Le Figaro relata em sua reportagem que há muita “contestação sobre a eficácia destas operações policiais de grande porte no Rio de Janeiro, no entanto, elas são comuns na cidade”.
O New York Times chamou a ação policial de “a mais mortal da história do Rio, com quatro policiais mortos e, ao menos, 60 pessoas mortas. Foi um ataque aos ‘narcoterroristas’, disse o governador do estado”.
O periódico argentino Clarín reproduziu o post de um brasileiro e estampou em seu site: “não é Gaza, é o Rio”.
SindilojasRio orienta lojistas sobre funcionamento do comércio
O Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro (SindilojasRio) divulgou na manhã desta quarta-feira nota com orientações aos comerciantes sobre a abertura das lojas, diante da grave situação de segurança pública que afetou a cidade em razão da megaoperação do governo.
Apesar de o município ter retornado ao Estágio 1 de mobilização, conforme informou o Centro de Operações e Resiliência da Prefeitura do Rio, e de os transportes públicos estarem funcionando normalmente, ainda há incertezas quanto aos desdobramentos da operação policial e seus reflexos em diferentes regiões da cidade.
Diante desse cenário, o SindilojasRio recomenda que a decisão sobre a abertura ou não dos estabelecimentos comerciais seja tomada por cada empresa, de acordo com as condições locais e a segurança de seus colaboradores e consumidores.
Entre as orientações aos lojistas, o sindicato destaca: o mapeamento das áreas de moradia e deslocamento dos funcionários, evitando a exposição daqueles que vivem em regiões conflagradas; flexibilização dos horários de entrada e saída; o uso de transporte custeado pela empresa, em trajetos onde o deslocamento seja mais arriscado; e a adoção do trabalho remoto, sempre que possível.
O SindilojasRio também enfatiza a importância da comunicação imediata com as equipes, por meio de canais internos, e do monitoramento constante das informações oficiais sobre a situação da cidade, para que decisões sejam tomadas com agilidade e segurança
“O SindilojasRio continuará acompanhando a situação na Cidade do Rio de Janeiro e atualizando as empresas lojistas sobre qualquer novo fato relevante. Esperamos que a ordem se restabeleça e desejamos paz e segurança a todos”, encerra o comunicado.
Com informações da Agência Brasil
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