Minoritários são contra participação na 17ª Rodada da ANP

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ANP. Foto: divulgação
ANP. Foto: divulgação

A Associação Nacional dos Petroleiros Acionistas Minoritários da Petrobras (Anapetro) encaminhou nesta quinta-feira, requerimento à petroleira para que ela não participe da 17ª Rodada de Licitações da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP), prevista para o dia 7 de outubro, na qual serão ofertados 92 blocos exploratórios marítimos nas bacias de Campos, Santos, Pelotas e Potiguar.

A Anapetro, que reúne trabalhadores da Petrobras que também são acionistas da empresa, questiona a ANP sobre a legitimidade de um certame em áreas de novas fronteiras exploratórias, sensíveis ecologicamente e que não apresentaram estudos prévios de avaliação de impacto ambiental. O requerimento aponta possíveis riscos que a participação na 17 ª Rodada trarão para a Petrobras e para o país; e alerta para a possibilidade de judicialização do processo.

O documento, destinado ao presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, e ao presidente do Conselho de Administração da empresa, Eduardo Bacellar Leal Ferreira, foi entregue um dia antes de reunião da Assembleia Geral Extraordinária (AGE) da estatal (marcada para sexta-feira , 27).

“Participar deste leilão é uma temeridade, dada a fragilidade ambiental e jurídica, e também um risco efetivo para a imagem da Petrobrás, para a percepção do mercado sobre o futuro da empresa e para o preço das ações da companhia”, ressaltou o presidente da Anapetro, Mario Dal Zot, também diretor de Assuntos Jurídicos e Institucionais da Federação Única dos Petroleiros (FUP).

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Os blocos colocados a leilão estão em 14 áreas sensíveis ambientalmente, por serem reservas naturais estratégicas para a manutenção do meio ambiente equilibrado, como Abrolhos, Atol das Rocas e a Ilha de Fernando de Noronha.

Com total de 53,93 mil quilômetros quadrados, abrigam 89 espécies ameaçadas aos blocos exploratórios, sendo 32% criticamente em perigo; 20% em perigo e 48% vulneráveis à extinção, segundo informações técnicas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama).

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