Após a Eletrobras anunciar que o governo vai capitalizar a empresa em R$ 1 bilhão, por meio de adiantamento para futuro aumento de capital, “que deverá ser convertidos em capital no segundo semestre deste ano”, a agência de classificação de risco Moodys também espera pela capitalização das empresas de distribuição.
“Esperamos que o governo também capitalize as subsidiárias de distribuição com uma injeção de capital de R$ 6 bilhões em junho. A injeção de capital de R$ 6 bilhões ajudará a empresa a atender às suas despesas de capital previsto em programa, reduzir as suas necessidades de financiamento e melhorar o seu fluxo de caixa consolidado”, diz em relatório.
Segundo a agência, a injeção de capital de R$ 1 bilhão por parte do governo confirma o apoio elevado na companhia e ajudará a empresa atender seus US$ 10 bilhões do programa de despesas de capital planejadas para este ano.
A Moodys disse ainda que a Eletrobras deverá tentar alongar a dívida de longo prazo para apoiar o seu programa de dispêndio de capital. “Esperamos valores mais fracos de operações este ano do que no ano passado, já que em 2015 a empresa recebeu direitos de indenização, totalizando R$ 4 bilhões”.
De acordo com a agência, o caixa consolidado da Eletrobras não excederá R$ 2 bilhões este ano depois de atingir R$ 7 bilhões no ano passado. Para ela, parte dos recursos dessa capitalização na distribuição deverá ir para o pagamento de empréstimos entre empresas existentes. “As necessidades de caixa para atender às despesas de capital e capital de giro neste ano não será superior a R$ 3 bilhões”.
A agência de classificação de risco afirma também que se a Eletrobras não receber os R$ 3 bilhões em 2016, a empresa não terá capacidade para executar seu programa de investimentos.
“A menos que a companhia de alguma forma receba parte dos direitos de indenização a que tem direito e que somam cerca de R$ 25 bilhões. Apesar de a Aneel já ter aprovado R$ 9 bilhões, o governo indicou que a Eletrobras só vai começar a receber esses fundos em 2019 através de tarifas de transmissão”.
