Os países latino-americanos verão uma leve desaceleração econômica em 2024, mas a região ainda enfrenta vários riscos, como a possibilidade de recessão nas grandes economias, estimou a Moody’s Analytics nesta terça-feira. “A região enfrenta o desafio de manobrar uma aterrissagem suave durante o primeiro semestre do ano através da gestão eficaz dos instrumentos de política econômica, de forma a evitar que as economias enfrentem um ajustamento repentino”, indicou a empresa num relatório sobre as perspectivas da América Latina em 2024.
No plano externo, as economias latino-americanas poderão registar uma moderação nas suas exportações devido à menor procura por parte dos seus parceiros, principalmente de matérias-primas e produtos semimanufaturados.
A nível interno, devem procurar um equilíbrio entre moderar a inflação e impulsionar a economia para evitar uma “aterrissagem forçada” e até uma recessão, indicou o braço analítico da agência de classificação de risco (rating).
A economia da América Latina poderá crescer 1,8% em 2024, em comparação com os 2,2% estimados pela Moody’s Analytics para 2023.
Os países que liderarão o crescimento em 2024 na região são Uruguai, México e Peru, seguidos por Chile, Colômbia e Brasil.
“Um risco importante para a América Latina vem da materialização de uma maior fadiga das principais locomotivas mundiais que as leva de volta à recessão”, disse a Moody’s Analytics.
“Isto afetará a economia real da região, juntamente com a turbulência” dos mercados financeiros e cambiais”, explicou.
A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) estimou este mês um crescimento de 1,9% para a América Latina em 2024, ante os 2,2% estimados para 2023.
Agência Xinhua