Nesta terça-feira, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, enviou ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), cópia da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
O ministro atendeu ao pedido da própria procuradoria para que a Câmara seja comunicada sobre a denúncia. No entendimento do procurador-geral, Paulo Gonet, a Casa pode adotar medidas disciplinares contra o deputado.
Na véspera, Gonet havia denunciado Eduardo e o blogueiro Paulo Figueiredo pelo crime de coação no curso do processo. O procurador entendeu que ambos fomentam a adoção de sanções dos EUA contra o Brasil e ministros da Corte.
Na mesma decisão, Moraes autorizou as defesas de Eduardo e Figueiredo a terem acesso às investigações sobre o tarifaço. Ambos vivem nos EUA.
Mais cedo, Motta negou a indicação de Eduardo para exercer a liderança da minoria na Câmara. No entendimento do presidente da Câmara, o deputado não pode exercer a função por estar no exterior.
Outro lado – Em nota conjunta à imprensa, Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo desqualificaram a denúncia da PGR e reafirmaram que vão continuar atuando com “parceiros internacionais” para que novas sanções sejam aplicadas a autoridades brasileiras.
“Esqueçam acordos obscuros ou intimidações que usaram por anos, porque não funcionam conosco. Isto vale para mais esta denúncia fajuta dos lacaios do Alexandre na PGR. O recado dado hoje é claro: o único caminho sustentável para o Brasil é uma anistia ampla, geral e irrestrita, que ponha fim ao impasse político e permita a restauração da normalidade democrática e institucional”, afirmaram.
Agência Brasil
Leia também:
-
Primeira Turma do STF mantém pena de 27 anos para Bolsonaro
STF mantém condenação de Bolsonaro por trama golpista; sessão virtual termina hoje e processo avança para possível execução das penas.
-
Moraes vota para tornar Eduardo Bolsonaro réu por tentativa de coação ao STF
Moraes vota para tornar Eduardo Bolsonaro réu por coação ao STF; denúncia envolve pressão ao Judiciário e articulação de sanções nos EUA.
-
STJ proíbe Forças Armadas de afastar militares trans e garante uso do nome social
STJ decide que militares trans não podem ser afastados por identidade de gênero e assegura uso do nome social em todos os registros.
-
Líder ruralista propõe incluir ações do MST no PL Antifacção
Líder ruralista propõe incluir o MST no PL Antifacção; movimento reage e fala em tentativa de criminalização.
-
STF ouve últimas defesas do Núcleo 3 da trama golpista
STF ouve últimas defesas do Núcleo 3 da trama golpista e suspende julgamento até terça, quando Moraes deve apresentar voto.
-
Bolsonaro: 100 dias de prisão domiciliar
Bolsonaro completa 100 dias em prisão domiciliar enquanto aguarda decisão do STF sobre onde cumprirá pena de 27 anos.






















