Morgan Stanley pessimista em relação aos shoppings brasileiros

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Os analistas do Morgan Stanley reduziram a recomendação para as ações dos principais shoppings centers brasileiros negociadas na B3, levando em consideração os efeitos que a quarentena e a reabertura parcial desses estabelecimentos terão sobre os resultados das administradoras. Por causa disso, baixa a classificação do Iguatemi, do BR Malls e da Multiplan para abaixo da média do mercado, o que significa o conselho para a venda de tais papéis. Porém, mantiveram em compra os da Cyrela Commercial Properties.

Para os técnicos do banco norte-americano, os shoppings na América Latina possuem um grande número de lojistas menores e que parcela da receita é proveniente de restaurantes e da área de entretenimento, cuja recuperação deve acontecer de forma mais lenta, sendo que os padrões de tráfego de pedestres provavelmente levará anos para retornar ao nível pré-pandemia. Paralelamente existe o problema do retorno de atividade dos pequenos lojistas. Por enquanto é prematuro arriscar palpites sobre quantos vão voltar, pois o distanciamento social provocou prejuízos de difícil recuperação.

 

IMC teve prejuízo de R$ 46,1 milhões

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O prejuízo da International Meal Company, dona das marcas Frango Assado e Viena, passou de R$ 8 milhões no primeiro trimestre do ano passado para R$ 46,1 milhões no deste. Para os analistas do Itaú BBA, o resultado foi fraco, mas com impacto neutro para o desempenho das ações. Porém, não revelam nenhum tipo de otimismo ao ressaltar que, apesar de a empresa estar racionalizando os negócios com a redução das despesas de vendas, gerais e administrativas, as lojas fechadas em shoppings e tráfego reduzido nas estradas e aeroportos continuarão pesando nos resultados da IMC.

 

Lojas Marisa solicitam ‘waiver’ dos bancos

A Lojas Marisa negocia com bancos a flexibilização dos parâmetros financeiros (covenants) nos empréstimos contratados pela companhia, mas que serão descumpridos devido à piora da geração de caixa desde o início das medidas de isolamento causadas pela pandemia do coronavírus. Em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários, a companhia explica que passou a prever o descumprimento desses índices e por isso procurou as instituições financeiras para negociar um waiver, que é uma espécie de pedido de perdão. Em alguns contratos de empréstimo, a Marisa se comprometeu a limitar em 3,5 a relação entre a dívida líquida e o Ebitda. Como no final do primeiro trimestre esse índice chegou a 3,3, para alguns analistas deve continuar aumentando com a menor geração de caixa.

 

Raciocínio dos suíços é diferente

No primeiro trimestre, a Alupar, companhia do setor de energia, registrou lucro líquido de R$ 179,1 milhões, com redução de 55,3% na comparação com igual período do ano passado. A receita líquida chegou a R$ 1,22 bilhão entre janeiro e março, uma alta de 6,2%, enquanto o Ebitda caiu 27%, para R$ 609,8 milhões. A equipe de análise do Credit Suisse além de destacar como positivas as operações da Alupar, ressalta que os resultados operacionais foram bons, com expansão da margem frente a uma performance de custo melhor que o esperado e a estratégia de alocação retornando bem para as unidades de geração, além de redução de 29,8% nos adicionais, devido ao efeito do custo mais baixo para a compra de energia.

 

Área de tecnologia rebaixada

Os analistas do Credit Suisse rebaixaram as recomendações para as empresas brasileiras da área de tecnologia, sendo que a da Linx passou para neutra, com preço-alvo sendo reduzido de R$ 42 para R$ 24. Isso confirma a tese de que está havendo exagero nas análises para algumas das empresas de e-commerce, pois os técnicos do banco consideram que a Linx, por oferecer softwares para gestão de varejo, deve ser beneficiada pelo aumento das operações do comércio eletrônico. O pitoresco é que esperam um menor lucro, cortando em 41% a projeção do resultado líquido para 2020 e em 37% para 2021, em função do menor crescimento do varejo e custos maiores. A Sinqia foi rebaixada para neutra, com preço alvo caindo de R$ 22 para R$ 21, e a Totvs foi mantida como neutra, com o preço-alvo passando de R$ 22,50 para R$ 21.

 

Só a BR Distribuidora cresceu no mercado

Pelos dados do Sindicom, entre as três grandes, em abril, apenas a BR Distribuidora conseguiu aumentar sua participação de mercado, de 38,2% para 39%, enquanto a da Raízen caiu de 31,3% para 30,7%, e a da Ipiranga recuou de 30,5% para 30%.

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