O painel de monitoramento de arboviroses do Ministério da Saúde mostra um aumento de casos de dengue esta semana no Estado de São Paulo. Os casos subiram de 82 mil para 99 mil no estado e as mortes de 14 para 28. Em todo o país, o total de casos prováveis no país foi de 139 mil para 169 mil casos, com aumento de 21 para 37 mortes em três dias. Os óbitos em investigação no Brasil eram 160 na segunda-feira e são 200 hoje, dos quais 138 são em São Paulo.
Em coletiva na tarde de ontem, o Ministério da Saúde atribuiu o aumento dos casos à circulação do sorotipo 3 da dengue, em expansão desde julho do ano passado.
“Segundo o secretário adjunto da SVSA, essa variante do vírus tem sido determinante no aumento do número de infecções, especialmente em São Paulo e, em menor escala, no Paraná”, explica a pasta, em nota.
O monitoramento realizado pela Secretaria Estadual de Saúde indica 102 mil casos prováveis, com 45 mil já confirmados. A pasta confirma 21 óbitos, dos quais 11 de pessoas com mais de 65 anos.
No estado já são 44 os municípios que decretaram estado de emergência. Na segunda-feira eram 37. O aumento pode refletir maior engajamento das prefeituras, com atuação dos governos federal e estadual, que constituíram centros de vigilância dedicados às ações contra a dengue nos dias 9 e 23 de janeiro, respectivamente.
No Distrito Federal, apenas 18,9% das crianças e dos adolescentes de 10 a 14 anos receberam as duas doses da vacina contra a dengue, que garante a imunização contra a doença. Os dados são da Secretaria de Saúde do Distrito Federal.
Segundo a pasta, nem a metade das crianças e dos adolescentes na faixa etária definida como público-alvo recebeu a primeira dose contra a dengue no Distrito Federal – a cobertura, neste caso, é de 46%.
A Qdenga, produzida pelo laboratório japonês Takeda Pharma e aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), começou a ser distribuída no Sistema Único de Saúde (SUS) em fevereiro de 2024, em duas doses, com intervalo de 90 dias.
Por causa da capacidade limitada do fabricante, a distribuição das doses adquiridas pelo governo brasileiro precisou ser restrita ao grupo com idade entre 10 e 14 anos, que concentra o maior número de hospitalizações por dengue, depois dos idosos.
Neste mês, a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) emitiu um alerta sobre a baixa procura pela vacina contra a dengue. O imunizante está disponível para 1,9 mil cidades onde a doença é mais frequente. Entretanto, apenas metade das doses distribuídas aos estados e municípios foi aplicada.
De acordo com a Ministério da Saúde, de janeiro de 2024 a 20 de janeiro de 2025, foram distribuídas 6.370.966 doses. A Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) indica que somente 3.205.625 foram aplicadas até o momento.
O Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya, segue como um dos grandes desafios de saúde pública no Brasil. Apesar de décadas de esforços, a combinação de fatores climáticos, culturais e estruturais ainda favorece a proliferação do inseto, impactando diferentes regiões de maneiras distintas.
Com informações da Agência Brasil
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