Mais de 48.300 pessoas, a grande maioria delas civis, perderam a vida em 2024 em contextos de conflito, de acordo com um relatório do Escritório de Direitos Humanos da ONU, que confirma um aumento anual de 40% em números que não pararam de crescer desde 2022.
A cada 12 minutos, um civil é morto em um conflito armado, com uma violência sem precedentes direcionada a mulheres e crianças. O estudo constatou que quase 21.500 mulheres e cerca de 16.700 crianças foram mortas, embora essas mortes estejam concentradas principalmente na Faixa de Gaza, um enclave que é responsável por oito em cada 10 mortes de crianças.
“Por trás de cada estatística há uma história. Por trás de cada ponto, uma pessoa”, alertou o Alto Comissário da ONU para Direitos Humanos, Volker Türk, que tentou dar um rosto às “inúmeras histórias individuais” contidas no estudo. Em sua opinião, o relatório revela “falhas graves” na “proteção de algumas das pessoas mais vulneráveis” e ele pediu “ação urgente”.
O relatório destaca “falhas graves” na “proteção de algumas das pessoas mais vulneráveis” e pede que sejam tomadas “medidas urgentes”. No caso dos defensores dos Direitos Humanos, pelo menos 625 morreram no ano passado e outros 123 desapareceram, com regiões particularmente complicadas como a América Latina e o Caribe, onde se concentram 80% dos assassinatos de ativistas.
A ONU também alerta para o fato de que uma em cada cinco pessoas no mundo já sofreu alguma forma de discriminação, um flagelo que, como Türk apontou, “não existe isoladamente” e é particularmente direcionado a grupos que já são marginalizados na sociedade como um todo.
Quase uma em cada três pessoas com deficiência (28%) foi discriminada, enquanto entre as pessoas sem deficiência a proporção cai para 17%. No caso das mulheres, a taxa de discriminação é o dobro da dos homens neste relatório.
Europa Press
















