Depois de 27 horas de paralisação parcial, a Linha 9 (Esmeralda) do trem paulista voltou a operar normalmente nesta quarta-feira. O que não significa boa operação: em pouco mais de um ano sob administração privada, as linhas 8 (Diamante) e 9 acumulam 166 falhas, o que dá uma média de uma a cada três dias.
A promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da Capital solicitou informações à concessionária Via Mobilidade e à Comissão de Monitoramento de Concessões Permissões e à Secretaria de Parcerias em Investimento do estado de São Paulo para saber se a paralisação parcial na Linha 9 foi falha da concessionária ou foi sabotagem.
A linha de trem apresentou pane elétrica na terça-feira, por volta das 14h. Quem estava nos vagões precisou caminhar pelos trilhos. O problema ocorreu justamente no dia em que nove linhas do Metrô e da CPTM paralisaram as atividades, em um protesto contra a privatização dos serviços pelo governo estadual.
A falha ocorreu depois de o governador Tarcísio de Freitas criticar a greve e exaltar as privatizações. “O que está disponível para o cidadão? Linha 4, que está com a iniciativa privatizada, a Linha 5, a Linha 8, a Linha 9, que está com a iniciativa privada. O protesto é contra a privatização”, ironizou.
Desde que a Linha 9 passou a ser administrada pela Via Mobilidade, foram registrados, em média, três vezes mais problemas do que quando era operada pela estatal, a CPTM.
O MP também enviou ofício ao delegado de Polícia Pablo Baccin, que está investigando o possível crime doloso de perigo de desastre ferroviário.
A Linha de trem 9, operada pela concessionária Via Mobilidade, apresentou uma pane elétrica ontem (3), por volta das 14h. Quem estava nos vagões da Linha 9, precisou caminhar pelos trilhos. O problema ocorreu justamente no dia em que nove linhas do Metrô e da CPTM paralisaram as atividades, em um protesto contra a privatização dos serviços pelo governo estadual.
Segundo assessoria de imprensa da Via Mobilidade, foram acionados 70 ônibus do Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência (Paese) para atender os passageiros. A concessionária destacou, em nota, que o “trabalho de manutenção envolve cinco frentes de trabalho formadas por cerca de 70 colaboradores, que priorizam a solução do problema para que a linha possa operar normalmente o quanto antes”.
Hoje (5) pela manhã, a linha de trem 9 – Esmeralda, operada pela concessionária Via Mobilidade, em São Paulo, seguia causando transtornos. No dia seguinte à greve de metroviários e ferroviários contra privatizações, as linhas operadas pelo Metrô e pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) funcionaram normalmente.
Por terem descumprido decisão judicial para manter 100% da operação em horário de pico e 80% nos demais horários, os sindicatos dos metroviários e ferroviários devem pagar uma multa de R$ 500 mil cada por não terem cumprindo a determinação judicial.
Com informações da Agência Brasil e Folha de S.Paulo
Matéria atualizada às 19h24 para incluir o fim da pane na Linha 9
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