A procura das empresas por recursos financeiros no Brasil cresceu 13,1% em fevereiro de 2025, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, de acordo com o Indicador Serasa Experian de Demanda das Empresas por Crédito da Serasa Experian, primeira e maior datatech do Brasil. O principal motor desse avanço foi o desempenho das micro e pequenas empresas (MPEs), cuja busca por crédito teve um salto de 13,5% no período. Confira os dados no gráfico e na tabela a seguir:
Para a economista da Serasa Experian, Camila Abdelmalack, o aumento na demanda por crédito está ligado à busca por fôlego financeiro.
“Apesar do nível restritivo da taxa de juros, muitas micro e pequenas empresas têm recorrido ao crédito como uma forma de manter a operação e atravessar um cenário desafiador. A resiliência dessas empresas é fundamental para sustentação da atividade econômica, visto que micro e pequenos negócios representam mais de 90% das empresas no Brasil”, afirma.
Em fevereiro de 2025, Santa Catarina liderou a expansão na demanda por crédito entre as empresas, com expressiva alta de 32,2%, bem acima das demais unidades da Federação. Na sequência, destacaram-se Mato Grosso do Sul (18,7%), Rio Grande do Norte (17,9%) e Ceará (17,6%). Por outro lado, os menores registros foram nos estados do Amapá (-9,1%) e Rondônia (-10,4%).
Além disso, os pequenos negócios geraram 59% dos empregos no Brasil no mês de março. Do total de 71.576 vagas abertas no terceiro mês do ano no país, 42.206 foram criadas nas MPEs. O levantamento do Sebrae, com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), mostra ainda que, no acumulado do ano, as MPEs seguem como as maiores geradoras de emprego e renda, respondendo por 369.341 (56,4%) das 654.503 contratações.
O setor de serviços continua impulsionando a abertura de postos de trabalho nas MPEs, com 30.737 novos registros, seguido por construção (13.135) e indústria da transformação (6.703).
O presidente do Sebrae Nacional, Décio Lima, chama a atenção para o montante total de empregos criados nos pequenos negócios brasileiros em 2025, reforçando a importância do segmento para a economia brasileira.
“Não podemos esquecer que não são somente números que sustentam o mercado. São homens e mulheres que acordam de manhã e nunca desistiram. Produzem com a sua criatividade o seu próprio negócio, garantindo a inclusão de mais brasileiros e incentivando e apoiando o crescimento da economia”, afirma.
Lima cita ainda a mais recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, que indicou que o Brasil atingiu a menor taxa de desemprego para um primeiro trimestre da série histórica, iniciada em 2012. O rendimento médio das pessoas ocupadas também bateu recorde e chegou a R$ 3.410, com alta de 1,2% no trimestre e de 4% na comparação anual.
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