As Micro e Pequenas Empresas (MPEs) representam 99% de todas as empresas no país e sendo responsáveis por 30% do PIB nacional, segundo o Sebrae. Além disso, elas respondem por cerca de 55% dos empregos formais, o que evidencia sua importância na geração de renda e emprego nas comunidades locais.
De acordo com um levantamento do Banco Central, apenas 25% das MPEs conseguem acesso a linhas de crédito regulares, o que limita seu crescimento e capacidade de inovação.
Estudo da Brasis Contabilidade aponta que a burocracia e a falta de crédito adequado podem levar ao fechamento prematuro dessas empresas.
Por outro lado, existem medidas que ajudam, como a simplificação tributária, a preferência nas compras públicas e a desoneração da folha de pagamento.
“Essas medidas, aliadas ao apoio de instituições como o Sebrae e empresas com consultorias especialista em organizar essas empresas, são essenciais para a sobrevivência das MPEs”, diz o levantamento. Além disso, a especialista defende que a educação financeira e o empreendedorismo sejam incluídos nas escolas, formando futuros empresários mais preparados para os desafios do mercado.
De acordo com o Sebrae com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), as MPEs continuam como maiores geradoras de empregos no país. No oitavo mês do ano, as micro e pequenas empresas abriram mais de 167,6 mil postos de trabalho, chegando a 72,1% do total de vagas (232.513).
No acumulado de 2024, os pequenos negócios respondem por mais de 62% do volume de contratações. O setor de serviços segue na liderança, com mais de 78 mil vagas preenchidas. Comércio e indústria da transformação vêm na sequência com 43.105 e 22.936 vagas preenchidas, respectivamente.
Ainda segundo o Sebrae, 72% dos empregos criados em agosto são originários dos pequenos.
E de acordo com a Serasa, no mesmo mês foram registrados 238 pedidos de recuperações judiciais, aumento de 76,3% em comparação com o mesmo mês de 2023. Este é o maior número de 2024 até agora e o segundo no ranking da série histórica, iniciada em 2005. As micro e pequenas empresas foram responsáveis por 183 requerimentos.
Na visão por setores, serviços foi responsável pelo maior volume das requisições, com comércio em segundo lugar e, em sequência, os setores primário e indústria.
Ainda segundo a Serasa, foram registrados 100 pedidos de falência pelas empresas no Brasil, indicando uma queda de -2,9% na variação anual do indicador. As MPEs tiveram a maior parcela (66) nos requerimentos, seguidas pelas companhias de médio porte (20) e as grandes (14). O ranking do setor das empresas seguiu com comércio (40), serviço (37) e indústria (23), já que primário não registrou nenhuma solicitação.