Na análise da Fitch Ratings, a compra de 45% do capital social da Aliança Geração de Energia S.A, na semana passada, pela Vale S.A. fortalece o Rating Nacional de Longo Prazo ‘AAA (bra)’, com perspectiva estável, da empresa de energia.
A mineradora, classificada com IDRs (Issuer Default Ratings – Ratings de Inadimplência do Emissor) ‘BBB’ e Rating Nacional de Longo Prazo ‘AAA (bra)’, perspectiva estável, anunciou recentemente ter adquirido a participação da Cemig Geração e Transmissão S.A. (Cemig GT, BB/AA+(bra)/estável) por R$ 2,7 bilhões, corrigidos pelo CDI até o fechamento da operação.
A Vale passará a ser controladora integral da Aliança assim que obtiver aprovação da Assembleia Geral de Acionistas da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig, BB/AA+(bra)/estável), prevista para 29 de abril, e cumprir condições precedentes habituais.
Com a nova estrutura acionária, a Vale, cujo perfil de crédito individual é mais robusto que o da Aliança, passará a ter ao menos médio incentivo estratégico para suportar a subsidiária caso necessário, de acordo com a Metodologia de Vínculo Entre Ratings de Controladoras e Subsidiárias da Fitch. “Isto solidifica o rating da Aliança, que já se encontra no topo da escala nacional. A aquisição total da empresa de energia se insere na estratégia da Vale de crescer em energias renováveis, e a Aliança tem contratos para fornecer importante insumo para a atividade da nova controladora”, explicou o relatório da agência de classificação de risco.
O relatório da Fitch destacou que o rating da Aliança se apoia em seu perfil de negócios, beneficiado por diversificada base de ativos e receitas previsíveis, derivadas de contratos de venda de energia de longo prazo. “A empresa deve manter robusta geração operacional de caixa e elevadas margens operacionais, dada a expectativa de condições hidrológicas mais favoráveis nos próximos anos”, assinalou a agência.
De acordo com a agência, o perfil financeiro deve permanecer sólido, com reduzida alavancagem e forte liquidez, com expectativa de fluxos de caixa livre (FCFs) positivos a partir de 2024, em decorrência do término do atual ciclo de investimentos.
















