“Há tempos, a discussão sobre o impacto das mudanças climáticas sobre os negócios deixou de ser focada no ‘se’ e passou a ‘quando’”, afirma Haroldo Matsumoto, sócio-diretor da Prosphera Educação Corporativa – consultoria multidisciplinar especializada na gestão de negócios.
De acordo com Matsumoto, é difícil definir um limite para as consequências relacionadas às mudanças climáticas e ao aquecimento global. Para ter um norte, o executivo orienta que as companhias observem as quatro vertentes listadas pela CNI – Confederação Nacional da Indústria, que englobam os riscos regulatórios (aqueles ligados às novas regulamentações sobre as operações de empreendimentos, incluindo leis e decretos), riscos físicos (caso do aumento das temperaturas, mudanças climáticas, ocorrência de eventos extremos, como furacões, terremotos, enchentes, etc.), riscos reputacionais (relacionados à adoção de um plano de gestão sustentável) e os riscos financeiros (ligados a todos os anteriores).
Infelizmente, estamos acompanhando as consequências das mudanças climáticas no Rio Grande do Sul, assim como já vimos em outras partes do mundo. É uma pena dizer, mas isso será cada vez mais frequente. Então, as empresas precisam se preparar para enfrentar situações do gênero e atuar a fim de minimizar as consequências
O diretor da Prosphera Educação Corporativa recomenda que as empresas estejam previamente organizadas para encarar situações de crise como essas, que tendem a ocorrer com cada vez mais frequência. Isso significa, segundo Matsumoto, que, dependendo da região onde a empresa ou sua unidade fabril estiver instalada, será necessário acompanhar os órgãos meteorológicos com atenção e analisar a quais riscos a área está sujeita. Para cada risco detectado, será necessário traçar um plano de contingência e de gestão de crise.
O consultor também destaca a importância da adoção de medidas que possam minimizar os efeitos das mudanças climáticas já em curso. Isso significa iniciar ações ligadas à agenda ESG, ou seja, trabalhar na redução da pegada de carbono, adotar boas práticas de gestão e destinação de resíduos, fazer uso inteligente das matérias-primas, conscientizar colaboradores e parceiros de negócios, escolher embalagens mais adequadas, criar tecnologias e produtos sustentáveis, reduzir desperdícios, fazer uso de energia renovável, etc.
“É claro que cada caso é um caso. Cada cenário precisa ser avaliado de forma personalizada para que as ações, planos e soluções surtam efeito no menor tempo possível”, finaliza Haroldo Matsumoto, sócio-diretor da Prosphera Educação Corporativa.