Organizada pelo Movimento Escolas pelo Clima e pela Reconectta, a Pesquisa Nacional sobre Mudanças Climáticas, focada na percepção de crianças, jovens e adultos sobre as mudanças climáticas, revelou que a faixa etária de sete a 14 anos representa o público mais engajado com a pauta.
De acordo com o apurado, a preocupação com as mudanças climáticas aumenta conforme a idade. Enquanto 73,4% dos que têm de sete a 14 anos se dizem preocupados ou muito preocupados com o tema, esse número sobe para 86,1% entre jovens de 15 a 29 anos e atinge 96,9% entre adultos com 30 anos ou mais.
Com relação à percepção da capacidade de agir, as crianças (sete a 14 anos) e adultos (30 anos ou mais) se percebem mais capazes de agir contra a mudança climática do que os jovens de 15 a 29 anos. Também sobre o grau de otimismo, são os mais jovens – de sete a 14 anos – os mais otimistas sobre o futuro em relação às emergências climáticas.
A redução das emissões globais de gases de efeito estufa (GEE) passa diretamente pela preservação da Amazônia. O desmatamento e a degradação florestal da maior floresta tropical do mundo não comprometem apenas a biodiversidade e as comunidades locais – eles têm impacto direto na capacidade do planeta de capturar carbono.
Diante da urgência em enfrentar as mudanças climáticas, tanto para o Brasil quanto para a comunidade global, a Ideia Sustentável, empresa especializada em soluções humanizadas de ESG para todos os segmentos do mercado, acaba de lançar o estudo Top Trends COP 30, em razão da COP30, Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), também chamada de “Conferência da Floresta”, que acontecerá em Belém do Pará, em novembro de 2025, reunindo líderes mundiais, que tem como objetivo avançar a ação climática global.
Segundo a especialista Carla Leal, doutora em Finanças com foco em ESG e mudanças climáticas, Membro da Comissão de Sustentabilidade do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), e uma das entrevistadas no estudo Top Trends COP 30, a proteção das florestas tropicais, como a Amazônia e as da África, é fundamental para conter a crise climática. “Se a gente não conseguir preservar a Amazônia e as principais florestas da África, que ainda fazem essa captura de CO₂, teremos um problema sério de mudar toda a nossa biosfera”, alerta.
Para a especialista Luzia Hirata, responsável pelas práticas de investimentos sustentáveis do Santander Asset Management, e que atua há mais de 20 anos na área de sustentabilidade, um dos principais obstáculos à conservação da floresta é o crime organizado. “Discutimos bastante sobre as soluções da bioeconomia, que são fundamentais, mas um dos principais entraves à conservação da Amazônia é o crime organizado. Muitas vezes, essa questão fica descolada da pauta ambiental por ser um tema sensível e complexo”, afirma.
Ela destaca que o desmatamento ilegal faz parte de uma rede criminosa que envolve desde compradores estrangeiros até o tráfico de armas e drogas.
“O desmatamento é um crime, mas não ocorre isoladamente. Há redes que financiam essa destruição e criam um cenário de grande instabilidade para qualquer solução de longo prazo”, explica.
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