Dados recentes, divulgados pela B3 e pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), atestam que a presença feminina aumentou em bancos, corretoras e demais instituições financeiras. Há mais investidoras e profissionais do mercado financeiro. O cenário antes dominado por homens de terno e gravata também não é o mesmo de tempos atrás.
O estudo Raio-X do Investidor 2021, realizado anualmente pela Anbima, apontou que 47% dos brasileiros que investem em produtos financeiros são mulheres. Na B3, em agosto, o público feminino representava 27,94% dos investidores, somando 1.094.926 CPFs cadastrados na bolsa de valores.
E quem pensa que o despertar para investir está sendo puxado somente por mulheres mais jovens, incentivadas por influenciadoras digitais como Nath Finanças e Nathalia Arcuri, está enganado: na corretora digital NuInvest, o número de mulheres investidoras com mais de 60 anos cresceu 50% nos últimos dois anos. Elas, inclusive, já representam 45% do total de investidores dessa faixa etária na plataforma e têm R﹩ 1,3 bilhão sob custódia (dado divulgado em agosto de 2021).
“Com a chegada de rostos femininos em cargos de liderança e estratégicos dentro das instituições financeiras, e de mais educadoras falando abertamente sobre investimentos com o grande público, mulheres que antes tinham uma relação conflituosa com o dinheiro buscaram conhecimento e agora se sentem mais seguras para investir e se tornarem independentes do ponto de vista das finanças”, afirma a especialista em investimentos Amanda Natacha, coordenadora de cursos da escola Eu Me Banco.
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