Atualmente, 48% das pessoas que atuam no setor bancário são mulheres, percentual acima da média do mercado de trabalho formal do país, que é de 44%. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e lideranças sindicais bancárias, representadas pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), divulgaram o balanço das ações desenvolvidas no Programa Nacional de Prevenção à Violência Contra a Mulher do Setor Bancário.
Em 2022, com a inclusão do Programa nas negociações coletivas, foram criadas as iniciativas em benefício da sociedade, com a contratação dos três institutos, que atuam na defesa dos interesses das mulheres. As iniciativas são voltadas para a sociedade e tratam da conscientização a respeito da prevenção à violência contra a mulher, lideradas por conceituadas ONGs, como Instituto Maria da Penha w Papo de Homem, Me Too Brasil.
Esta semana foram lançados dois instrumentos de combate à violência contra as mulheres. O primeiro deles, a cartilha “Sexo Frágil – Um Manual sobre Masculinidade e suas Questões”, organizada pelo Instituto Maria da Penha, com reflexões, críticas, conceitos e escritos de uma jornada de aprendizado relacionada a temas como: masculinidade, masculinidade tóxica, machismo, machismo estrutural, violência contra a mulher, homofobia e transfobia. O segundo lançamento foi o livro “Como conversar com homens sobre violência contra meninas e mulheres”, produzido pelo Instituto Papo de Homem, que, entre outros ensinamentos, apresenta um guia prático sobre como os homens podem tornar-se aliados ao fim da violência contra as mulheres.
Também foi feito, pelo Me Too Brasil, o balanço de encontros presenciais de conscientização e capacitação em escolas da rede pública de ensino, realizado e a realizar, com o objetivo de identificar casos de violência contra crianças e adolescentes.
“De forma pioneira, por meio de negociação coletiva, nacional e unificada, o setor bancário instituiu medidas de prevenção à violência doméstica e familiar contra a mulher. As ações apresentadas mostram a efetividade e o sucesso do programa, que beneficia não apenas as profissionais bancárias, mas toda a sociedade”, afirma o presidente da Febraban, Isaac Sidney.
Engajamento do setor
Segundo a Febraban, há mais de duas décadas, a categoria bancária tornou-se a primeira a conquistar cláusulas em convenção coletiva sobre igualdade de oportunidades e a única a manter uma mesa permanente de negociações com representantes patronais sobre questões de gênero, raça e orientação sexual.