Mulheres têm preferência por investimentos de baixo risco

306
Computador, calculadora, mãos femininas (Foto: divulgação)
Computador e calculadora (foto divulgação)

De acordo com dados divulgados pela B3, apesar de ainda baixo (29%), o número de mulheres na Bolsa de Valores atingiu recorde no ano passado. Dentro desse contexto, estudo da fintech Onze analisou mais de 19.400 respostas – de pesquisas realizadas entre outubro de 2021 e janeiro de 2022 – e concluiu que, no geral, as mulheres têm um perfil de investimentos mais conservador, enquanto os homens têm um perfil mais agressivo.

Por exemplo, para realizar suas metas financeiras este ano, 32,4% das mulheres pretendem investir na poupança, 13,9% em títulos de renda fixa e 9,4% em fundos de investimento. Entre os homens, 27,8% optam pela poupança, 26,1% em títulos de renda fixa e 19,1% em fundos de investimento.

A análise também levou em consideração os investimentos realizados com o 13º salário, ao final de 2021, e o mesmo comportamento é observado. Títulos de renda fixa foram os preferidos para ambos os públicos – 50% entre os homens e 48% entre as mulheres. Quando analisado o apetite ao risco, os homens foram mais agressivos: 47,9% optaram por ações, 36,9% por fundos de investimentos e 26% por criptomoedas. Entre as mulheres, 39,3% optaram por ações, 33% por fundos de investimentos e 12% por criptomoedas.

Já em relação aos hábitos de investimentos recorrentes, a poupança é a preferência das mulheres (44%), enquanto títulos privados são a principal escolha dos homens (35%). Nesse sentido, o público feminino acaba optando por uma das menores rentabilidades do mercado. Por outro lado, os dois públicos se mostram disciplinados para realizarem suas metas financeiras ao longo do ano. A preferência de homens e mulheres é poupar mais mensalmente ou criar novas formas de renda em vez de resgatar investimentos, se endividar ou até vender o carro. Os números são bem próximos: entre as mulheres, 49,7% dizem que vão poupar mais mensalmente, 42,7% criarão novas formas de renda e 4% pretendem buscar empréstimos ou financiamentos. Resgatar investimentos (2,3%) e vender seu carro/imóvel (1,1%) têm baixíssima adesão. Já entre os homens, 45,6% dizem querer poupar mais mensalmente, 45,5% vão criar novas formas de renda e 4,4% buscarão empréstimos/financiamentos. Resgatar investimentos (2,5%) e vender seu carro/imóvel (1,8%) também têm pouca aderência.

Espaço Publicitáriocnseg

Por fim, quando se diz respeito à aposentadoria, mulheres e homens, em sua maioria, acreditam que a renda neste período virá do INSS – 56,2% e 54,4%, respectivamente. Porém, os homens (36,2%) contam mais com aplicações financeiras para se aposentar do que as mulheres (27%).

A previdência privada vem em terceiro lugar e é opção de 23,5% dos homens e 19% das mulheres.

Já estudo da savetch Saks apontou que as investidoras brasileiras apresentam idade média de 35 anos, sendo que 24,91% são mães. Entre as entrevistadas, a maioria reside em Santa Catarina (28,80%), São Paulo (18,66%) aparece em segundo lugar e em terceiro, Minas Gerais (9,6%).

A média de idade de aposentadoria das mulheres pesquisadas é de 65 anos e elas possuem uma faixa de renda de R$ 6.263,10. A média do saldo em conta é de R$ 20.271,08, com uma contribuição mensal girando em torno de R$ 484,43.

Conforme a Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), os prêmios e contribuições na modalidade da previdência privada aberta em 2021 apresentaram um incremento de 11,2% na comparação com 2020, totalizando um montante de mais de R$ 138 bilhões. Sendo que, a captação bruta apenas em dezembro do ano passado superou a dos outros meses, atingindo a marca de R$ 15 bilhões, com o total de ativos na casa dos R$ 1,07 trilhão.

A pesquisa foi realizada em janeiro, por meio de questionário de pesquisa, com mais de 900 mulheres que utilizam a Saks para fazer seus investimentos.

Leia também:

Ibovespa começa a semana no azul

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui